Avaliação das habilidades motoras e equilíbrio de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo submetidas à equoterapia
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Date
2023Author
LIMA, Larisse Kelly Farias dos Santos Silva
SILVA, Mayane Brito da
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O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) corresponde a um transtorno do
neurodesenvolvimento, com diagnóstico baseado em comportamentos restritos e
repetitivos, estereotipados, com prejuízo na comunicação e interação social. A
equoterapia consiste em um programa terapêutico que utiliza movimentos rítmicos e
similares ao da marcha humana, sendo conduzida pelo fisioterapeuta, com enfoque em
fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio e habilidades motoras. Sabendo-se
que as crianças com TEA frequentemente apresentam hipotonia postural e déficit de
equilíbrio, e tendo em vista o crescente número de crianças com esse diagnóstico, este
estudo justifica-se pelo interesse em avaliar os benefícios da equoterapia para crianças
com TEA. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as habilidades motoras e de equilíbrio
em crianças com esse perfil clínico, submetidas à equoterapia. Trata-se de um estudo
observacional, analítico, transversal e de campo, com abordagem quantitativa. As
crianças foram submetidas ao Test of Gross Motor Development – Second Edition
(TGMD-2) para avaliação de suas habilidades motoras, e à Escala de Equilíbrio
Pediátrica (EPP) para verificação do equilíbrio postural. Foram recrutadas 30 crianças
com TEA, porém apenas 20 foram inseridas no estudo, com base nos critérios de
inclusão e exclusão pré-estabelecidos. A média de idade das crianças do estudo foi de 6
± 1,65 anos, com prevalência do sexo masculino (90%). Notou-se também que as
crianças com TEA apresentaram prejuízo para a execução de suas habilidades motoras,
tanto no aspecto da locomoção quanto no controle de objetos, sendo o déficit mais
expressivo nessa última habilidade. No entanto, constatou-se equilíbrio postural
preservado em sua maioria, ressaltando que essa modalidade terapêutica potencializa o
controle postural dessas crianças. Com isso, sugere-se a realização de mais pesquisas,
com amostras mais representativas, tendo em vista a importância de um tratamento
qualificado e individualizado para as crianças com Transtorno do Espectro do Autismo.