Cinesiofobia de pacientes oncológicos atendidos pelo serviço de fisioterapia de uma casa de apoio em Aracaju-SE
Date
2023Author
RAMOS, Adriene de Melo Batista
NASCIMENTO, Larissa Silva dos Santos
Metadata
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Introdução: O câncer é uma doença degenerativa, resultante do acúmulo de lesões no
material genético das células, que pode acometer qualquer parte do organismo. A
cinesiofobia é definida como o medo excessivo,e debilitante do movimento, decorrente
de uma sensação de exposição a uma possível lesão física, não deve ser negligenciada, o
medo do movimento parece influenciar a percepção do estado de saúde global dos
sobreviventes do câncer. A dor pós câncer continua sendo um obstáculo, incapacitando
na realização de atividades da vida diária. Dessa forma, a fisioterapia é uma grande aliada
na reabilitação desses pacientes. Objetivo: O estudo tem como objetivo avaliar a
cinesiofobia de pacientes oncológicos atendidos pelo serviço de fisioterapia de uma casa
de apoio e sua correlação com a intensidade de dor. Metodologia: Trata-se de um estudo
observacional, analítico, transversal e de campo, com abordagem quali-quantitativa e
amostra estabelecida por conveniência, tendo como critérios de inclusão um público de
ambos os sexos assistidos pela Associação dos Amigos da Oncologia, com diagnóstico
clínico de câncer, que realizam/realizavam tratamento oncológico e que fazem
acompanhamento fisioterapêutico na instituição. Foi aplicado o questionário
sociodemográfico para traçar o perfil dos pacientes, a escala numérica de 11 pontos para
avaliar a intensidade da dor e a escala de Cinesiofobia de Tampa para avaliar o medo de
realizar o movimento. Resultados: Com base nos dados obtidos, foi possível observar
que a maioria dos pacientes tinham uma média de idade de 57,52 (± 9,04) anos, eram do
sexo feminino (86,96%) e tinham diagnóstico clínico de câncer de mama (69,56%). Os
pacientes avaliados apresentavam grau moderado de intensidade de dor e de cinesiofobia
(60,87%), porém, ao correlacionar essas variáveis não houve significância estatística,
sugerindo que na população avaliada, não há interferência da dor na
cinesiofobia.Conclusão: Conclui-se que a intensidade de dor e a cinesiofobia obtiveram
um escore moderado, mesmo com todos os participantes do estudo fazendo parte de um
programa de reabilitação fisioterapêutica, constatando que a fisioterapia é importante na
redução da dor e na melhora da qualidade de vida desses pacientes.