Atuação da fisioterapia na diástase dos músculos reto abdominal no puerpério: uma revisão sistemática
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Date
2021Author
GODEIRO, Mayara Lydia Oliveira
BARBOSA, Mayara Maria Alves
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O período após o parto, também conhecido como puerpério, é o momento
quando as modificações locais e sistêmicas afetam o corpo da mulher. Essas
alterações são provocadas pela progesterona, estrogênio e relaxina, associadas
ao crescimento do útero causando um estiramento, e, posteriormente resultando
na Diástase dos Músculos Reto Abdominais (DMRA). Perante o exposto, a
fisioterapia no puerpério vai atuar desenvolvendo uma melhor qualidade de vida
diária da paciente, promovendo fortalecimento dos músculos abdominais e
pélvicos associado à consciência corporal, melhora do condicionamento físico,
informando a puérpera sobre a DMRA. O presente artigo tem como objetivo
sintetizar os estudos sobre a prática referente a fisioterapia na diástase dos
músculos reto abdominal no puerpério e especificar condutas fisioterapêuticas
mais eficazes no tratamento de Diástase do Reto Abdominal. Trata-se de uma
revisão sistemática realizada pelas seguintes bases de dados; PubMed, MedLine,
Lilacs e Scielo, cujo descritores foram: “pós-parto imediato”, “fisioterapia”, “
puerpério”, “diástase”, e também seus descritores em inglês: “immediate
postpartum”, “physiotherapy”, “puerperium”, “diastasis”. Também foi realizada a
pesquisa através da junção de descritores, da seguinte forma: “fisioterapia e
puerpério”, “pós-parto imediato e diástase”, "diástase e fisioterapia”, “diástase e
puerpério”, “physiotherapy AND puerperium”, “immediate postpartum AND
diastasis”, “diastasis AND physiotherapy” e “diastasis AND puerperium”. Os
artigos selecionados foram publicados entre os períodos de 2011 a 2021.
Inicialmente foram encontrados 632 artigos na base de dados, após a análise
metodológica de acordo com os critérios de inclusão e exclusão permaneceram
somente 4 artigos, onde foi utilizado a escala de PEDro para avaliar sua
elegibilidade. Os estudos selecionados apontam resultados satisfatórios, apenas
um apresentou baixo viés de qualidade na redução da diástase. Conclui-se que o
protocolo de fortalecimento do assoalho pélvico e abdominais tem sido o método
mais utilizado, porém sugere-se a realização de mais estudos clínicos
randomizados, a fim de suprir a carência de pesquisas acerca do tema.