Violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes na cidade de Propriá/SE
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Date
2012Author
SANTOS, Ana Paula Lopes dos
CARVALHO, Josenilde Santos de
DANTAS, Teresa Patrícia Guedes Azevedo
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O estudo contempla a problemática da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes
ocorridas na cidade de Propriá/SE, instaurando o debate acerca do profissional do Serviço
Social, o Assistente Social neste contexto. Quando se buscou analisar os casos ocorridos nesta
cidade a partir dos encaminhados destes para o Centro de Referência Especializado de
Assistência Social – CREAS por meio das fichas de encaminhamento, através das quais se
traçou o perfil das crianças e adolescentes vítimas da violência e das suas famílias,
investigando os fatores relacionados a esta como: escolaridade, estado civil, nível econômico,
sem portando esquecer-se da proteção legal dada aos mesmos pelo CREAS e pelas políticas
públicas sociais. O estudo segue a metodologia quanti/qualitativa, adotando como técnica de
pesquisa um estudo documental. Dos casos notificados nos anos de 2011 e 2012 um universo
de 185 casos tomou-se para análise uma amostra de 20 de casos, usando como instrumentos
as fichas de acolhimento/acompanhamento social, seguindo um roteiro específico para a
análise dos dados constados nas referidas fichas, fato que se deu no período compreendido
entre novembro e outubro do corrente ano. Considera-se, portanto que a violência
intrafamiliar contra crianças e adolescentes é uma construção social e histórica um dos
grandes males da sociedade, um fenômeno complexo e antigo, que persiste nos dias atuais em
todas as classes sociais, apesar de ser apontada como um fenômeno das classes mais
vulneráveis. Os resultados apontam um alto índice de violência intrafamiliar resultado das
expressões sociais onde famílias em situações de riscos e vulnerabilidade social, violam
direitos básicos das crianças e adolescentes e cometem a violência quando deixam de cuidar,
de educar e de garantir uma vida digna, assim como fazendo uso da força física, da
negligência e permitindo que outras situações de violência ocorram. O CREAS desenvolve
um relevante trabalho de acompanhamento social as vítimas, mas ainda é sentida a ausência
de políticas públicas sociais de intervenção que possibilite a prevenção da violência com
atenção especial às famílias.