População quilombola de Amparo do São Francisco: (in) visibilidade das necessidades em saúde
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Date
2012Author
SOUZA, Allecya Vieira de
RAMOS, Anny Katheleen Basilio dos S.
MARTINS, Edna Maria
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A pesquisa intitulada “População Quilombola de Amparo do São Francisco/SE: (in) visibilidade das
necessidades em Saúde” teve como objetivo analisar as expressões da questão social a partir da
insuficiência de Políticas de Saúde direcionadas à população negra e a posição do profissional de
Serviço Social frente as dificuldades encontradas na comunidade Lagoa dos Campinhos Quilombo
Pontal dos Crioulos no município de Amparo do São Francisco/SE. Tornou-se imprescindível
entender todo um contexto desde a formação afro no Brasil, passando pelo racismo e o processo de
exclusão social do país; as questões e desafios vividos na contemporaneidade pelas comunidades
Quilombolas; a política de Saúde da População Negra na garantia dos direitos sociais e os desafios
enfrentados por esta população pela efetivação da saúde integral nas comunidades quilombolas. Para
melhor embasamento da pesquisa foi utilizado como procedimentos metodológicos a pesquisa
participante, por ser uma das autoras desta pesquisa morada da comunidade quilombola em foco,
bibliográfica, documental e de campo além da observação; a abordagem foi qualitativa. Para melhor
entendimento e uma construção bem sedimentada da pesquisa buscaram-se acervos da universidade e
da localidade por autores e estudiosos da temática como: Sarita Amaro (1997), Maria Inês S. Bravo
(2007), Tatiana Baptista (2005), Ilma Boaventura (2000), Marilda V. Iamamoto (2003), Tereza
Cristina Martins (2012), Brito Lopes (2003), Ana Elizabeth Mota (2009), além de sites do Ministério
da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Lei Orgânica da Saúde, Constituição Federal de 1988 entre
outros. Tivemos como pretensão, sensibilizar gestores e políticos em geral pertencentes à localidade
e/ou Estado como também a sociedade local sobre a realidade do SUS mostrando as dificuldades
enfrentadas pelo profissional de Serviço Social ao lidar com poucos recursos e alternativas para
melhorar a condição deste quilombo. Almeja-se que a união de forças nas instâncias Municipal,
Estadual junto à participação popular “alce vôo” e alcance a esfera Federal, pois é dever do Estado
zelar pela integração física e psíquica de todos os cidadãos, sem nenhuma forma de manifestação de
preconceito a discriminação. Como resultados da pesquisa realizada, sinalizamos a insuficiência de
comprometimento do setor público com essa população, inexistência de investimentos nos programas
da saúde focados na qualidade de vida dessa população e falta de acesso dessa comunidade à
compreensão de seus direitos.