Distúrbios cinético-funcionais em pacientes pediátricos acometidos pela síndrome da banda amniótica: uma revisão sistemática
Abstract
A Síndrome da Banda Amniótica (SBA) constitui uma patologia congênita rara, que pode
afetar os membros, a região craniofacial e tóraco-abdominal. Diante disso, a prevalência da
SBA é de 1 em 1.200 a 15.000 nascidos vivos, marcada por alterações que podem prejudicar
o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. O estudo justifica-se pela carência de
pesquisas nacionais e internacionais que impactam o conhecimento científico sobre a
síndrome. O objetivo desta pesquisa foi analisar sistematicamente os distúrbios
cinético-funcionais em pacientes pediátricos acometidos pela Síndrome da Banda Amniótica.
Trata-se de uma revisão sistemática, a qual ocorreu por meio das seguintes bases de dados:
SciELO, MEDLINE e LILACS, com os seguintes descritores: “Atividade motora”,
“Fisioterapia”, “Pediatria”, “Síndrome de Bandas Amnióticas”, “Motor activity”,
“Physiotherapy”, “Pediatrics”, “Amniotic Band Syndrome”. Aplicou-se o operador booleano
“AND”. Foram incluídos artigos de 2018 a 2022, nos idiomas português, inglês e espanhol,
sendo apenas incluídos relatos de casos. Foram excluídos artigos que apresentassem os
demais desenhos metodológicos, bem como artigos duplicados. Foram identificados 13.402
estudos, sendo 107 do SciELO, 13.141 do MEDLINE e 154 do LILACS, após a estratégia de
busca e aplicação dos critérios pré-estabelecidos, selecionando 10 artigos para discussão.
Após a investigação de suas manifestações clínicas, não foi explícita relação direta das
alterações congênitas com a funcionalidade, principalmente, devido ao acompanhamento das
crianças em curto período de tempo, embora seja identificada a predominância de fissuras
faciais, encefalocele, amputação das extremidades de membros e pé torto congênito. Todavia,
alguns estudos abordaram as formas mais graves da doença, com elevado número de
manifestações craniofaciais, em sua maioria, incompatíveis com a vida. Diante disso,
percebeu-se que os distúrbios cinético-funcionais foram pouco descritos por não ser possível
o acompanhamento dessas crianças a longo prazo. Assim, torna-se necessária a continuidade
de novas pesquisas, com investigação mais detalhada sobre a síndrome e seu impacto na
funcionalidade.