Análise do valgo dinâmico e força dos abdutores e extensores do quadril em mulheres corredoras de rua com e sem a síndrome da dor patelofemoral
Date
2023Author
CALDAS, Tauane Araújo
SOUZA, Victor Leonardo de Santana
Metadata
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Introdução: a corrida de rua apresenta-se como uma modalidade esportiva crescente
na sociedade brasileira e consequentemente, é comum o aumento do número de lesões
musculoesqueléticas geradas pela prática. A Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF) é uma
ocorrência comum em mulheres corredoras e essa síndrome traz consigo algumas alterações
biomecânicas. O valgo dinâmico é uma dessas alterações, onde esse achado é caracterizado por
desvio medial da articulação do joelho, aumentando as forças de lateralização da patela, além
de gerar rotação interna da tíbia. Objetivo: o presente estudo, visa avaliar a força de abdutores
e extensores do quadril, bem como a ocorrência de valgo dinâmico em mulheres corredoras de
Sergipe, com ou sem diagnóstico de SDPF. Métodos: trata-se de um estudo transversal de
caráter comparativo com abordagem quantitativa. Foram coletados dados de voluntárias, com
idades entre 18 e 50 anos, que praticavam corrida de rua há pelo menos 6 meses. Essa amostra
foi posta em avaliação de força muscular isométrica de musculatura abdutora e extensora de
quadril por dinamômetro e avaliado a ocorrência de valgo dinâmico por Step Down Lateral.
Resultados: a pesquisa apresentou amostra de 24 mulheres, sendo 10 diagnosticadas e 14 sem
diagnóstico, com idade média de 36,05 anos, com tempo médio de prática esportiva de 54,15
meses. Com base nos testes realizados, foi notada a ocorrência de valgo dinâmico por meio do
Step Down Lateral, nos dois grupos, com leve predominância no grupo sintomático. Referente
a força muscular, foi notada a diferença mínima entre os grupos, mas, foi notado o menor torque
em abdutores em mulheres diagnosticadas. Conclusão: O estudo demonstrou que não existe
uma relação direta do valgo dinâmico em mulheres corredoras com diagnóstico, mas não sendo
uma condição exclusiva, onde foi percebido alta prevalência em mulheres sem diagnóstico de
SDPF, além disso, outro achado foi a diminuição de força do grupo abdutor em mulheres
corredoras com SDPF em relação a mulheres sem SDPF, mas sem diferença significativa.