Ansiedade e vivências acadêmicas em estudantes de psicologia

Abstract

Os estudantes universitários lidam diariamente com fatores estressantes que vão da aceitação por parte da nova turma às dificuldades quanto ao grau de exigência do curso, ao método de ensino e até mesmo aos textos acadêmicos. As dificuldades do contexto universitário vão além das situações provenientes do ambiente, uma vez que as questões individuais dos alunos interferem no desempenho e no processo adaptativo destes. A pesquisa trata-se de um estudo transversal descritivo cuja abordagem é de enfoque quantitativo, tendo como objetivo identificar se há ou não um aumento de ansiedade patológica no decorrer do curso de Psicologia através da aplicação de dois questionários (IDATE; QVA-R), a fim de comparar as variáveis dos níveis de ansiedade obtidas.Como resultados encontrou-se que, apesar de graus de adaptação à vida acadêmica semelhantes, formandos apresentam níveis de ansiedade maiores em relação a calouros.Em relação à correlação entre o QVA-r e o IDATE, observou-se que bons resultados no QVA-r não implicaram em menores níveis de ansiedade, assim como resultados abaixo da média não acarretaram maior frequência de ansiedade moderada e grave. Na correlação entre dados sociodemográficos e os instrumentos, observou-se que variáveis como trabalho remunerado e sexo têm impacto relevante em pelo menos um dos questionários aplicados. Em contrapartida, verificou-se que a idade não é um fator que tem influência em nenhum dos dois instrumentos utilizados.