Enucleação cirúrgica de lesão central de células gigantes bilateral de mandíbula: relato de caso
Date
2022Author
SILVA, Elias Abraão dos Reis
SANTOS, Joana Ferreira Rodrigues
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A lesão central de células gigantes se trata de uma patologia intraóssea, benigna e de
etiologia questionável. Tendo maior incidência na mandíbula, atinge,
preferencialmente, mulheres jovens em idade fértil. Histologicamente, apresenta um
estroma com numerosas células gigantes multinucleadas, facilmente confundida com
tumor marrom do hiperparatireiodismo. A lesão pode ser classificada em: agressiva,
com rápido crescimento, presença de sintomatologia e reabsorção radicular; e não
agressiva, mais prevalente, com pouca ou nenhuma sintomatologia e de crescimento
lento. O tratamento consiste preferencialmente em remoção cirúrgica, embora o uso
de medidas terapêuticas também seja considerado. Este artigo tem como objetivo
relatar o caso de uma paciente de 23 anos, com aumento de volume no terço inferior
do lado direito da face, que procurou o serviço da Traumatologia Bucomaxilofacial do
Hospital Dr. Pedro Garcia Moreno em Itabaiana no interior de Sergipe. Essa paciente,
munida do resultado de uma biópsia previamente realizada, foi submetida a remoção
cirúrgica da lesão, com curetagem agressiva, com preservação do bloco ósseo. A
paciente compareceu as revisões pós-operatórias e após 1 ano e 3 meses encontrase sem sinais e sintomas de recidiva. Embora benigna, a lesão central de células
gigantes tem potencial bastante destrutivo, tornando-se necessária a capacitação do
profissional de estar à frente do caso.