Consequências e monitoramento da policitemia vera
Abstract
A policitemia vera (PV) é uma neoplasia mieloproliferativa caracterizada por
apresentar uma elevação desordenada da quantidade de hemácias. Esse aumento
das hemácias ocorre devido à mutação do gene JAK-2. As complicações clínicas da
policitemia são decorrentes da hiperviscosidade causada pelo aumento das hemácias
que promovem níveis elevados de risco em eventos trombóticos, e a possível
transformação da PV em Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e/ou mielofibrose (MF). A
policitemia vera não tem cura, portanto o seu tratamento é voltado para controlar os
sintomas e prevenir uma possível progressão para LMA ou MF. O tratamento consiste
em realizar flebotomias para manter o hematócrito abaixo de 45% e terapias
medicamentosas como: aspirina, hidroxiuréia (HU), interferon-alfa, ruxolitinibe,
bussulfano e ropeginterferon. Trata se de uma revisão bibliográfica dos últimos dez
anos, com os seguintes descritores: Policitemia vera, fisiopatologia, eritropoetina,
diagnóstico, tratamento e jak-2. Realizada através das seguintes bases de dados
PUBMED (National Library of Medicine), SCIELO (Scientific Electronic Library Online),
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BVS
(Biblioteca Virtual de Saúde) e Livros e Revistas eletrônicas de saúde. Conclui-se que
a policitemia vera é uma síndrome mieloproliferativa pouco incidente, porém há a
necessidade de um tratamento mesmo que ela não tenha cura a prevenção e o
estadiamento são fundamentais para manter os níveis de hematócrito constante para
que haja uma boa qualidade de vida do paciente é a única alternativa.