Uso de fitoterápicos e plantas medicinais na atenção básica à saúde e interações medicamentosas: uma revisão
Abstract
Os fitoterápicos constituem uma alternativa para o tratamento de várias
patologias, mas a sua administração concomitante com medicamentos sintéticos
aumenta as chances de interações medicamentosas. Atualmente, o SUS conta
com 12 fitoterápicos padronizados na RENAME. O objetivo da presente revisão
foi reunir informações sobre o uso de fitoterápicos na atenção básica, avaliando
suas interações medicamentosas potenciais. Trata-se de uma revisão integrativa
a partir de pesquisa nos bancos de dados LILACS, Scielo , Science Direct e
MEDLINE/Pubmed entre os anos 2009-2020. Foram encontradas 283 publicações
iniciais, selecionadas 115 publicações e excluídas 54 publicações a partir dos
critérios utilizados, restando ao final 61 publicações. Utilizando os seguintes
descritores em português e inglês a partir do DeCs: “Medicamentos fitoterápicos”;
“ Medicamentos essenciais"; "Assistência farmacêutica”;“Interações
medicamentosas”; “Atenção básica”. A complexidade da constituição química dos
fitoterápicos aumenta a possibilidade de ocorrer interações quando em
associação com medicamentos convencionais. As interações podem ser úteis,
podendo ser utilizadas de forma benéfica, ou ainda desfavoráveis, podendo gerar
potencialização do efeito do medicamento, redução de sua eficácia, reações
adversas ou não causar modificações no efeito esperado do medicamento. Esse
trabalho ressalta que a orientação adequada por um profissional farmacêutico é
fundamental para evitar danos à saúde do paciente e promover o uso racional e
seguro dos fitoterápicos.