Perfil álgico de trabalhadores rurais expostos a agrotóxicos da região centro- sul de Sergipe
Date
2021-09-29Author
BRITTO, Greyce Kelly Costa Monteiro de
LEAL, Isadora Maria De Lima
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Introdução: Contextualizar trabalho e saúde no Brasil, nos leva a vários questionamentos sobre o conhecimento humano. Apesar dos avanços dos tecnológicos e de políticas públicas, a queda da produção gerada pela incapacidade de trabalhar associada aos riscos que os trabalhadores rurais continuam sendo expostos, crescem expressivamente ao longo dos anos. Segundo estatísticas o setor agrícola tem sido considerado como um dos ramos mais lesivos a saúde, apontando alta prevalência de distúrbios musculoesqueléticos. Objetivo: Avaliar o perfil álgico de trabalhadores rurais expostos a agrotóxicos das regiões de Lagarto e Salgado, Sergipe. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional transversal onde foram incluídos 322 trabalhadores rurais do sexo masculino, com idade entre 18 e 59 anos, expostos a agrotóxicos. Os parâmetros avaliados foram: características antropométricas, sociodemográficas (estado civil, alcoolismo e tabagismo), índice álgico agudo e crônico em coluna lombar, quadril, joelho e tornozelo através da Escala de Estimativa Numérica (NRS) e Brief Pain Inventory (Diagrama Corporal da Dor), além de parâmetros de funcionalidade pelo OSWESTRY (ODI). A abordagem estatística foi do tipo descritiva analítica. Resultados: Em relação aos parâmetros antropométricos observou-se: uma média de idade de 34,7 anos (8,6), peso 71,9 kg (5,6), altura 170 cm (0,05) e IMC kg/m² (2,1) A maior parte dos trabalhadores rurais incluídos apresentam um tempo de exposição a agrotóxicos ≤36 meses n= 202 (62,7%). Na análise das variáveis álgicas a nível da coluna lombar foi evidenciado: lombalgia aguda “dor leve” n=216 (67,1%); lombalgia crônica “dor moderada” n= 27 (8,4%), “dor severa” n= 28 (8,7%); Em relação a dor nas articulações do quadril, joelho e tornozelo resultados foram respectivamente: dor no quadril “dor leve” n= 101 (31,4%), “dor moderada” n= 95 (29,5%); dor no joelho “dor leve” n= 57 (17,7%), “dor moderada” n= 45 (14,0%), “dor severa” n= 20 (6,2%); dor no tornozelo “dor leve” n= 23 (7,1%), “dor moderada” n= 18 (5,6%), “dor severa” n=8 (2,6%), “pior dor possível” n= 2 (0,6%). Conclusão: Diante do exposto, os dados sugerem que os trabalhadores rurais apresentam em sua maioria, um perfil álgico de dor leve à ausência de dor e a exposição a agrotóxicos não estabelecem relações determinantes no quadro álgico desses indivíduos, fazendo-se necessário mais estudos sobre a temática.