PEDRAS QUE FALAM: O CONJUNTO ARQUITETÔNICO DE ARACAJU NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Abstract
Diante da crise contemporânea da identidade e dos caminhos que traçaram a trajetória do patrimônio cultural oficial do município de Aracaju, esse trabalho busca compreender a apropriação do patrimônio cultural do centro histórico da cidade pelo sujeito aracajuano e como os aspectos pedagógicos, envolvidos na conformação da materialidade arquitetônica e urbanística da capital, podem colaborar para essa apropriação e garantir sua preservação. Fez-se uso de fontes textuais, iconográficas e orais para analisar a tessitura urbana da cidade-capital e mapear experiências em lugares de rememoração incutidos no conjunto arquitetônico do sítio fundacional da urbe. O diálogo teórico dá-se com historiadores, sociólogos e filósofos que trabalham as relações entre o urbano, o patrimônio, a memória e a identidade e autores empenhados em demonstrar como o discurso constitui sentidos sobre a cidade. As conclusões sinalizam para o papel do patrimônio no projeto de modernidade da cidade e para a relevância da materialidade na educação patrimonial na forja da cultura urbana de Aracaju.