| dc.description.abstract | Esta pesquisa trata dos problemas da utilização inadequada dos agrotóxicos e os riscos
apresentados para a saúde humana e natureza, sendo estes produtos uma poderosa substância
de eliminação das variadas formas de vida. Este trabalho encontra-se estruturado de forma
que permita uma visão histórica acerca da problemática trazendo o processo de concentração
das terras, a política agrária, o surgimento da agricultura e seu processo de modernização que
consequentemente por razões econômicas trouxe para o meio rural a tecnologia dos
agrotóxicos, porém, esta encontra-se sem controle, contaminando animais e vegetais de uso na
alimentação humana, contamina solo, água, ar e o próprio homem que não segue as
recomendações de segurança e aplicação desses produtos.
Objetiva-se neste estudo identificar de que forma os trabalhadores rurais do Assentamento
Irmã Maria Joana Hermínia utilizam os agrotóxicos, onde especificamente objetivou-se
identificar os motivos que levam os agricultores a usarem os agrotóxicos; averiguar o grau de
conhecimento do agricultor relacionado ao modo de como são manipulados os agrotóxicos
durante o trabalho agrícola; verificar os riscos que os agrotóxicos podem causar a saúde dos
agricultores, assim como, analisar as intervenções dos órgãos municipais em torno dessa
temática e a importância do Assistente Social na intervenção dessa problemática que permeia
o campo.
O local de realização da pesquisa foi o Assentamento Irmã Maria Joana Hermínia, localizado
no município de São Francisco - SE, utilizando-se do procedimento metodológico descrito
abaixo para obtenção dos dados da pesquisa.
A metodologia do estudo se deu primeiramente através de pesquisa bibliográfica sobre o
assunto abordado neste estudo. Em seguida, realizou-se uma pesquisa de campo através de
entrevistas semiestruturadas para coletar dados sobre o histórico do Assentamento Irmã Maria
Joana Hermínia. Consecutivamente foram aplicadas entrevistas semiestruturadas contendo
onze questionamentos aos trabalhadores rurais do assentamento. E por fim, aplicou-se
entrevistas semiestruturadas ao Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais e as Secretarias
Municipais de Agricultura, Saúde e Assistência Social.
Esta pesquisa foi de grande relevância, o assunto proposto é de interesse não apenas dos
trabalhadores rurais que arriscam suas vidas durante a atividade laboral, mas de todos os
consumidores que se alimentam desses produtos, muitas vezes tratados com agrotóxicos sem
o menor cuidado e preocupação com o tempo de espera para a colheita após aplicação dos
defensivos agrícolas.
Os resultados aqui mostrados chamam a atenção para a preocupante forma de utilização de
uma tecnologia surgida na emergente modernização da agricultura, onde ver-se que existe
toda uma legislação e normas de utilização para proteção dos trabalhadores, consumidores e
meio ambiente, porém o que se viu nos resultados obtidos é que a realidade no campo é
totalmente diferente do que recomendam as literaturas e legislações, e que os riscos de
intoxicações são altos e os índices mostrados são preocupantes.
Concluímos esta pesquisa ressaltando o acesso a terra e o receio dos trabalhadores em falar
sobre os agrotóxicos, por que utilizam e de que forma utilizam esses produtos, sugestões para
uma possível amenização da problemática e a importância dos órgãos municipais e dos
Assistentes Sociais na intervenção desta problemática. | pt_BR |
