Direitos humanos e interseccionalidade: a (in)visibilidade da mulher negra no ambiente acadêmico
Abstract
A dissertação tem o objetivo de analisar a (in)visibilidade da mulher negra no ambiente
acadêmico. Como procedimentos metodológicos, num primeiro momento, foi feita a leitura e
compreensão de textos que versam sobre o objeto de estudo, produzidos por diversos autores,
principalmente: CANEIRO (2005), DAVIS (2016), RIBEIRO (2017) e hooks (2013). Depois
foram utilizados dados disponibilizados nos relatórios “O trabalho e a vida das mulheres na
pandemia” (2020), “Atlas da violência” (2019), “IBGE educa” (2019), e “Dossiê mulheres
negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil” (2013). Estudando a
fundamentação teórica e os dados numéricos, foi possível analisar em que proporção as
mulheres negras têm constituído o ambiente acadêmico e social. O trabalho foi estruturado em
introdução, três capítulos e conclusão. No primeiro capítulo, foram debatidos o período colonial
e os seus reflexos nas mulheres negras no Brasil por meio do racismo estrutural, a necropolítica
como forma de manutenção da classe detentora da área científica e a efetivação dos Direitos
Humanos e da interseccionalidade no combate ao racismo e sexismo acadêmico. No segundo
capítulo foi feita uma análise da homogeneidade do ambiente acadêmico e a falta de inserção
de grupos sociais, e a visibilidade da mulher negra na sociedade e no ambiente acadêmico desde
a segregação até hoje. E no terceiro capítulo foi debatida a importância de políticas afirmativas,
para coibir o racismo científico no país, como a política de cotas.