Profissão docente e pandemia: um estudo com professores da rede estadual do município de Valente-Bahia
Abstract
O objeto deste estudo é o professor(a) do ensino médio da rede estadual do
município de Valente-Bahia no fazer docente durante a pandemia. Para tanto,
definiu-se como objetivo geral, analisar o professor(a) do ensino médio da rede
estadual do município de Valente, no seu exercício docente, durante a pandemia.
Sendo assim, os objetivos específicos são: apresentar um perfil dos professores do
município de Valente; e discutir como os professores desenvolveram à docência na
pandemia. Os conceitos que deram suporte para discussão foram: “adoecimento
mental” de José Esteve (1999), “profissão docente” de Maurice Tardif (2002) e
“representações sociais” de Serge Moscovici (1978). A base teórica que norteou o
desenvolvimento dessa pesquisa é composta por Judith Alves-Mazzotti (2008), Edith
Seligmann-Silva (2011), Pontes e Rostas (2020), Marinho (2020) e Brooks (2020).
As fontes de pesquisa utilizadas foram as bibliográficas e entrevistas
semiestruturadas. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que investiga o
sujeito/professor, no âmbito da profissão docente, a partir das falas dos professores
expressas nas entrevistas. Para realização das entrevistas selecionamos aqueles
que aceitaram participar da pesquisa, totalizando o número de dez docentes. A
análise das entrevistas teve como suporte a técnica de análise de conteúdo de
Bardin que permite acessar as opiniões, crenças, informações, imagens e atitudes
contidas nos discursos dos sujeitos. Assim, tendo em vista a profissão docente e a
pandemia, a análise das entrevistas nos possibilitou definir quatro categorias de
análises que emergiram das falas dos professores: condições de trabalho,
desvalorização da profissão docente, sobrecarga de trabalho e gestão do tempo.
Essa análise revelou que o professor(a) no exercício da sua profissão, mesmo antes
da pandemia, tem adoecido em função do seu trabalho.