Educadas para casar: Sergipe Del Rey (1753-1794)
Abstract
Esta dissertação tem como estudo a educação feminina para o casamento no
século XVIII, a partir de uma concepção religiosa e familiar, tendo em vista o
cenário do período colonial, além dos costumes estabelecidos por meio do
patriarcalismo presente na época. Deste modo, o objetivo desta dissertação é
compreender o modelo ideal de mulher educada para casar, no século XVIII em
Sergipe Del Rey. A partir desse objetivo, definimos os específicos: Entender qual
o papel da mulher na sociedade colonial brasileira e sergipana; e analisar como a
mulher sergipana foi educada para o casamento no século XVIII. Além das fontes
bibliográficas, as fontes que compõem essa dissertação são dez Inventários
Judiciais do século XVIII das Comarcas Porto da Folha, Estância e São Cristóvão,
coletados no Arquivo Geral do Poder Judiciário do Estado de Sergipe. Dentre
estes documentos, selecionei aqueles que continham a presença do dote entre os
anos 1753 e 1794, analisadas a partir do Paradigma Indiciário de Carlo Ginzburg.
Os conceitos que fundamentam esta dissertação são o de família e o de instrução
elementar, definidos por Santos (2016) e o de casamento que tem como base os
dicionários setecentistas de Bluteau (1712 – 1728) e Moraes Silva (1789).
Utilizamos como referência Bourdieu (2012), Ribeiro (1987), Del Priore (2006),
Nazzari (2001) e Santos (2016), trabalhos que trazem uma discussão teórica
sobre a mulher e o casamento no século XVIII.