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dc.contributor.advisorMESQUITA, Ilka Miglio de
dc.contributor.authorOLIVEIRA, Valéria Maria Santana
dc.date.accessioned2023-09-25T17:23:58Z
dc.date.available2023-09-25T17:23:58Z
dc.date.issued2018pt_BR
dc.identifier.urihttps://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/handle/set/6801
dc.description.abstractA presente tese tem como objeto a memória/identidade nas práticas educativas do povo indígena Xokó, tendo como ponto de partida a questão: Como o povo Xokó se utiliza de práticas educativas para reinventar suas tradições e preservar sua memória/identidade? O objetivo geral foi compreender, sob a perspectiva da pedagogia decolonial, como o povo Xokó têm utilizado as práticas educativas para reinventar suas tradições e preservar sua memória/identidade. Para tanto, foi analisada a formação da memória/identidade no contexto de luta pela terra; identificada a elaboração e reelaboração das práticas educativas; como também, analisada a relação entre as práticas educativas e a memória/identidade Xokó. Assim como no artesanato Xokó o barro é a matéria-prima para a produção das peças de cerâmica, neste trabalho a memória é a matéria-prima para modelagem e remodelagem da identidade deste povo, que se consolida e se reelabora a partir de suas práticas educativas. Parto da tese de que o povo Xokó construiu uma ponte entre o passado e o presente, por meio de práticas educativas – rituais, celebrações e educação escolar, que funcionam como agentes de transmissão de valores e normas, por meio da repetição. A trajetória de expulsão/diáspora/reconquista de suas terras, plasmou nos Xokó uma identidade intercultural, que se faz presente em suas práticas educativas. Estas podem ser compreendidas, pelas lentes da pedagogia decolonial, como táticas, práticas e metodologias de luta, rebeldia, organização e ação, que têm por objetivo resistir ao imperialismo ideológico sobre eles exercido, a partir do pensamento colonial que persiste até a atualidade. A pesquisa, desenvolvida por meio de entrevistas de História Oral e recolha documental, evidenciou que entre os Xokó a transmissão de valores e normas é uma ação que se faz presente no cotidiano através de práticas rituais e simbólicas, posto que ensinam e preservam a cultura do grupo, consolidando valores e normas de comportamento. Há três elementos que são seus pilares culturais: a dança do Toré, o Ritual do Ouricuri e a Festa da Retomada, configurando-se em duas formas de práticas educativas: as do cotidiano e as escolares. Quanto às práticas escolares, existem algumas dificuldades no âmbito da Secretaria Estadual de Educação para a assessoria à escola indígena, especialmente para a contratação de professores da própria etnia. Contudo, os registros de ações desenvolvidas demonstram o esforço para, mesmo com poucos recursos, fazer cumprir a legislação. Quanto ao currículo desenvolvido na escola, a interculturalidade praticada é funcional, pois se limita à introdução de conteúdos relativos a diferentes culturas, e à própria história dos Xokó, sem que isso afete o currículo como um todo. No entanto, quanto às práticas pedagógicas, é vivenciada uma interculturalidade crítica que vai além do currículo explícito, posto que também se efetiva por meio do currículo oculto, nas atividades, ensinamentos e relações estabelecidas no cotidiano. Por fim, ao traçar uma reflexão acerca da lei 11.645/03, destaco a necessidade da aprendizagem continuada dos professores, partindo da decolonização do saber e do pensar.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectPedagogia decolonialpt_BR
dc.subjectInterculturalidadept_BR
dc.subjectEducação indígenapt_BR
dc.subjectIdentidade interculturalpt_BR
dc.titleMemória/identidade Xokó: práticas educativas e reinvenção das tradiçõespt_BR
dc.typeTrabalhos finais e parciais de curso: Teses de Doutoramento (defendida e aprovada por banca especializada)pt_BR
dc.description.localpubAracajupt_BR


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