| dc.description.abstract | O ato de se alimentar revela a cultura, costumes, crenças, as características de uma sociedade, dentre outros. Porém, com o processo de transição nutricional esses costumes foram mudados afetando a alimentação da população indígena. Por isto, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade da alimentação dos indígenas da tribo Kariri Xocó, no município de Porto Real do Colégio – AL. Trata-se de um estudo qualitativo, onde participaram 41 pessoas com idade entre 18 e 72 anos. Foi utilizado um QFA (Questionário de Frequência Alimentar) adaptado do trabalho de Pereira, 2015, sobre o perfil alimentar e nutricional de crianças indígenas. Os alimentos foram distribuídos em grupos e seus níveis de frequência foram: nunca; menos de 1 vez por mês; 1 - 3 vezes por mês; 1-2 vezes por semana; 2-4 vezes por semana; 1 vez por dia; 2 ou mais vezes por dia. Foi realizada uma conversa informativa na casa dos participantes, no qual foram destacados os riscos da má alimentação e dos benefícios de uma boa alimentação. Foi observado que no grupo dos tubérculos, pães, cereais e leguminosas, a maioria consumia arroz e feijão pelo menos 1 vez por dia (70,73% e 80,48%), porém, muitos consumiam o pão exageradamente, 29,26% consumiam 2 ou mais vezes por dia .Já no grupo dos legumes, verduras e frutas, boa parte consumiam todos os dias, porém, não em quantidades recomendadas. Como as frutas, que apenas 29,26% consumiam 1 vez por dia. No grupo das carnes, frango, peixe e ovo, a maioria deu preferência ao frango cozido, 36,58% consumiam entre 2 a 4 vezes por dia. No grupo dos doces, açúcar, salgados e embutidos, a maioria consumia o açúcar 2 ou mais vezes por dia (53,65%). Diante desses resultados, torna-se necessário políticas públicas de educação alimentar e a promoção e prevenção da saúde indígena para evitar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis. | pt_BR |
