PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS ATENDIDOS COM MICROCEFALIA EM MATERNIDADE DE ALTO RISCO EM SERGIPE

Abstract

A microcefalia é definida através das alterações de estrutura física e funcional ao nascer, possui o perímetro cefálico (PC) menor que dois (2) ou mais desvios-padrão (DP) do que a referência para o sexo, idade ou tempo de gestação. O estudo objetivou delinear o perfil epidemiológico dos casos atendidos com microcefalia em uma maternidade de alto risco no estado Sergipe no ano de 2015. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa dos casos de microcefalia em nascidos vivos de mães residentes no estado de Sergipe. Foi desenvolvido em uma maternidade pública de referência para gestantes e recém-nascidos de alto risco do município de Aracaju - Sergipe. A amostra selecionada por conveniência foi composta por 57 prontuários de casos de recém-nascidos microcefálicos. Os dados foram analisados e apresentados por meio de frequências relativas e absolutas. Em relação às características sociodemográficas das genitoras correlacionadas à faixa etária, 49,12% (n 28) estavam entre 31 a 40 anos. No que diz respeito à raça, a cor parda liderou com 96,49% (n 55). Em relação ao perfil e condições clínicas dos recém- nascidos o sexo feminino predominou com uma taxa de 56,14% (n 32). No que concerne ao PC, foi apontado 85,96% (n 49) <32 cm. Devido à elevada incidência dos casos de microcefalia no ano de 2015, o Ministério da Saúde (MS) diante dessa epidemia declarou estado de emergência de importância nacional, e constatou que os primeiros meses de gestação das crianças que nasceram com essa anomalia corresponde ao período de maior circulação do vírus zika. Conclui-se que o presente estudo abordou importantes contribuições. Entretanto, novas pesquisas devem ser desenvolvidas para traçar estratégias que dimensionem a qualidade de vida das mães e recém-nascidos.