Avaliação ergonômica e antropométrica refletindo o nível funcional e qualidade de vida de crianças com paralisia cerebral cadeirantes, frequentadoras de clínicas de fisioterapia
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Date
2016-08-09Author
LIMA, Caroline Azevedo de Souza
SANTOS, Luziana Sales
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A Paralisia Cerebral (PC) é uma lesão no cérebro imaturo, com predominante distúrbio do desenvolvimento motor resultando em alterações na biomecânica corporal que necessita do uso de cadeiras de rodas, para mobilidade dessas crianças. O objetivo deste estudo foi avaliar ergonomicamente e antropometricamente refletindo o nível funcional e qualidade de vida de crianças com PC cadeirantes, frequentadoras de clínicas de Fisioterapia e suas correlações, além de analisar a influência do nível socioeconômico nas adequações das cadeiras de rodas. Foram avaliadas 50 crianças (02 a 12 anos; ambos os sexos), através das medidas ergonômicas das cadeiras de rodas e medidas antropométricas, além de instrumentos (Questionário de qualidade de vida SF-36, Questionário Socioeconômico e Gross Motor Function Classification System). A análise foi realizada pelo teste Kruskal Wallis e pós teste Dunn’s, além de correlação de Spearman e Qui-quadrado, após normalidade da amostra, com nível de significância de p < 0,05. Houve influência do nível socioeconômico nas adequações das cadeiras de rodas das crianças com PC e inadequações na classe social C1, C2, D e E (40%; p<0,001). Essas inadequações foram entre largura do assento da cadeira de rodas e largura do quadril; largura do encosto da cadeira e largura dos ombros; e suportes de descanso para os braços e pernas. Já a altura do encosto; altura do assento; profundidade do assento; e apoio para os pés encontraram-se adequados. O cinto de segurança mais utilizado foi o torácico (42%; p<0,001). A capacidade funcional da qualidade de vida está diretamente correlacionada com a função motora grossa (r = -0,48; p<0,0003). Pode-se concluir que há relação entre as medidas ergonômicas das cadeiras de rodas e as medidas antropométricas das crianças com PC ao baixo nível socioeconômico, influenciando na qualidade de vida.