A prática do acolhimento pelo cirurgião dentista na estratégia de saúde da família
Date
2022Author
Gomes, Robéria Carvalho
Galindo, Elizabete Maria de Vasconcelos
Metadata
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A Política Nacional de Humanização aponta o acolhimento como um dispositivo operacional para
uma assistência à saúde mais humanizada. Este é um estudo transversal, quantitativo e descritivo,
desenvolvido a partir da análise do banco de dados da pesquisa denominada “A prática do
acolhimento na Estratégia Saúde”, que objetivou analisar a prática do acolhimento nas Unidades de
Saúde da Família (USF) do Distrito Sanitário (DS) IV, em Recife. O estudo realizou entrevistas com
17 dentistas e 17 usuários, utilizando questionários estruturados e observação direta, analisou-se as
características do processo de acolhimento das ESF, as modelagens (Padrão, Básica e Reduzida) e
as fragilidades e potencialidades do acolhimento. Obedece aos preceitos éticos sendo aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Aggeu Magalhães Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
(parecer nº 88326418.6.0000.5190). Os cirurgiões dentistas que participaram apontaram que não
costumam participar do acolhimento, se posicionam afastados, agindo apenas na consulta clínica,
sem se ater às informações coletadas no recebimento do usuário, se abstendo dessa função em todo
ciclo de atuação. Em sua maioria, 58,82% dos dentistas destinam a marcação de consulta ao auxiliar
de saúde bucal ou técnico de saúde bucal e 17,65% separam em dias específicos para o dentista.
Assim, o dentista não participa da forma que deveria dos processos de acolhimento e as USFs
funcionam em uma ótica de transição de modelos, parte da operação encara a doença como
elemento separado do sujeito e se distancia do modelo biopsicossocial.