Narrativa de educomunicação na formação técnico profissional de Sergipe: um estudo de intervenção na escola família agrícola ladeirinhas em Japoatã - Sergipe
Abstract
Esta dissertação tem como objetivo avaliar de que forma as práticas de
Educomunicação, especificamente a produção audiovisual, podem contribuir para a
melhoria dos processos de formação de jovens estudantes do ensino
profissionalizante da Escola Família Agrícola Ladeirinhas (EFAL), em Japoatã,
Sergipe. Como objetivos específicos propomos: mapear se/como os jovens
estudantes da EFAL utilizam as mídias na aprendizagem no cotidiano da escola;
aplicar oficinas de produção de vídeo para os estudantes da EFAL; descrever a
trajetória dos estudantes durante as oficinas, identificando dificuldades e avanços nas
competências de produção e competências discursivas; identificar que competências
do letramento midiático foram adquiridas pelos estudantes e avaliar os produtos
produzidos pelos estudantes. Partimos do pressuposto de que o deslocamento da
audiência da televisão para a internet por parte da população jovem e o crescimento
no número de jovens consumidores e produtores de conteúdo audiovisual na
plataforma Youtube é resultado da busca por identidade ou várias identidades que
abriguem os multifacetados aspectos da personalidade da parcela da população entre
os 18 e 24 anos. A Educomunicação, presente nesse estudo pode ser a porta de
entrada para práticas de produção de vídeo dos estudantes nos períodos da
alternância para auxílio e contribuição na aprendizagem. A pesquisa envolveu 37
alunos na produção, gravação e publicação dos vídeos no Youtube, 04 professores
no auxílio das gravações, 03 especialistas e 03 professores convidados para a
avaliação final dos vídeos. É um estudo qualitativo numa pequisa-ação investigação
em que foram avaliados pelos sujeitos os produtos, resultado das oficinas, com análise
realizada através de grupo focal e tabulação de dados com auxílio do software
WebQda. Os alunos aprovaram as experiências e reconheceram os resultados
alcançados com elas. Professores tiveram participação considerada muito tímida e
poucos se dispuseram a colaborar. Docentes e especialistas avaliaram os vídeos com
critérios de qualidade técnica para elementos como: vinheta, áudio, enquadramento,
iluminação e narrativa. Os alunos participaram de oficinas para aquisição de
competências e habilidades, nas áreas de gravação de vídeo, captação de áudio,
edição de vídeo, além de noções de enquadramento e iluminação. Foram trabalhados
conceitos de mediação (Barbero), Identidades (Kelnner), Educomunicação (Soares),
Multiletramentos (Rojo) e Extensão e Comunicação (Paulo Freire).