Gênero na universidade: a condição feminina na Universidade Tiradentes campus Propriá-SE
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Date
2011Author
SILVA, Juliana Patrícia da
ALVES, Thaíse Vieira
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Ao longo de uma história repleta de experiências de desigualdades, seres humanos
vivenciaram muita exploração e dominação por parte de algumas pessoas dotadas de poder.
Ao lado disto, uns foram excluídos da condição de cidadãos, aceitando a situação ou lutando
pela emancipação. A classe feminina esteve enquadrada no lado dos dominados, o que não
significou que não houvesse questionamento, nem exceções. Assim, muitas mulheres lutaram
com o passar do tempo para conquistar direitos até então negados às mesmas. Porém, ao
tempo em que aconteciam as lutas foram criadas condições para que o sistema do patriarcado
permanecesse. Com o surgimento da sociedade industrial a mulher teve espaço para ser
inserida no mercado de trabalho. Porém, o modo de produção capitalista soube se utilizar do
patriarcado, explorando a mulher não apenas como parte da classe trabalhadora, mas pelo fato
de ser do sexo feminino. Então, a mulher vai se incorporando aos movimentos da classe
trabalhadora para buscar direitos trabalhistas. No século XX ela recebe influências do
feminismo, que busca desmistificar o velho patriarcado, mostrando de forma crítica a
exploração da mulher, ao passo que através de pesquisas retrata a mulher como construído
socialmente, e como ser humano capaz assim como os homens e, portanto merecendo ocupar
espaços até então masculinizados. É assim em postos de trabalho, em cursos do ensino
superior, na vida doméstica, não mais como dona-de casa, mas como chefe de família.
Através da educação conseguiu se especializar e batalhar de forma igualitária por melhores
condições de emprego e consequentemente terem melhores condições de vida. Mesmo com o
domínio masculino em virtude do sistema patriarcal, muitas mulheres lutaram pela garantia
dos seus direitos e para que o preconceito a discriminação e a violência fossem punidas de
forma mais concreta. A mulher hoje pode ser considerada um ser polivalente e que se faz
necessária para as transformações do mundo capitalista, das legislações, nas políticas
públicas. Dentro desta perspectiva, as universitárias da Universidade Tiradentes do Campus
Propriá foram entrevistadas para mostrar como é a vida de uma mulher no século XXI,
universitária, que trabalha e convive no seio familiar a fim de revelar as relações de gênero na
família, no trabalho e suas influências na vida acadêmica.