Encontros: do mal em “escritos da casa morta”, de Dostoiévski, e a banalidade do mal em “Eichmann em Jerusalém — um relato sobre a banalidade do mal”, de Hannah Arendt
Abstract
O objeto de estudo desta pesquisa perscruta um encontro reflexivo sobre o mal nas reflexões de
Dostoiévski em Escritos da Casa Morta e o conceito de banalidade do mal em Hannah Arendt:
“Eichmann em Jerusalém — Um relato sobre a banalidade do mal”. A partir daí, propõe se o seguinte problema de pesquisa: O que, na potencialidade deste encontro, podemos
destacar como aproximações e distanciamentos sobre o conceito do mal em Dostoiévski e
Hannah Arendt? O objetivo geral procura explicar como o mal se revela no ser humano
tomando como base os contrapontos do pensamento de Dostoiévski /Hannah Arendt em que
o mal se revela na ação do homem em sociedade e/ou como parte do interior do homem. Para
tanto, os seguintes objetivos específicos se colocam: explicar como a questão do mal é
articulada e definida na obra Escritos da Casa Morta; examinar a concepção de banalidade
do mal em Hannah Arendt; comparar interfaces relacionais na questão do mal entre os dois
autores. O método é hermenêutico, como um método interpretativo que procura compreender
um determinado texto. A prática mais convencional para se pesquisar o sentido, e por
extensão o significado de qualquer outro texto, é partir do autor, do que este desejou
transmitir em plena consciência, ao elaborar seus escritos. Dessa forma, é importante
comparar as várias obras produzidas pelo escritor, para se verificar o que ele disse em
diferentes momentos, considerando-se sempre as línguas em que os textos foram criados, no
tocante aos resultados quando da reflexão sobre a aproximação e distanciamento do mal
entre os dois autores e sua contribuição para a educação.