Avaliação de cursos de graduação: integrando instrumentos, espaços e momentos
Abstract
Este estudo objetiva analisar os processos de avaliação de cursos de graduação,
vigentes no Brasil e em Portugal, para assim, elaborar propostas de alteração junto
ao modelo Brasileiro, de modo a favorecer a integração de instrumentos, espaços e
momentos. Não visando, apenas, os processos regulatórios, mas, também, a
reflexão, o autoconhecimento e a tomada de decisão. A escolha do modelo de
avaliação educacional desenvolvido em Portugal, justifica-se por este país possuir
um sistema de avaliação da Educação Superior similar ao brasileiro. Os sistemas de
avaliação de ambos os países perseguem o mesmo objetivo: a garantia da melhoria
da qualidade e a prestação de contas (accountability), mas, conforme revelado, por
meio de pesquisa bibliográfica, tal objetivo tem sido alcançado com maior êxito em
Portugal. O estudo em questão parte do pressuposto que as avaliações externas de
cursos de graduação no Brasil, não possuem dinâmica capaz de favorecer a
qualidade, de integrar instrumentos, espaços e momentos. Estas não conduzem a
um processo de reflexão, capaz de propiciar o autoconhecimento institucional e a
tomada de decisão para uma efetiva melhoria da educação ora avaliada. Por meio
do percurso metodológico, buscou-se obter dados que foram objetos de análise
permanente. Procurou-se extrair informações que favorecessem a abertura de novos
campos de reflexão em torno da temática abordada e do objeto investigado. Quanto
aos seus objetivos a pesquisa desenvolvida caracteriza-se como exploratória, pois
se preocupa em identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a
ocorrência dos fatos. Na concepção metodológica, especificamente no que se refere
ao método de abordagem do objeto pesquisado, este estudo se configura pelo
método de abordagem qualitativo. Assim, pode-se elaborar um conjunto de
propostas de alteração junto ao modelo avaliativo Brasileiro e averiguar, que os
processos de avaliação de cursos de graduação, serão capazes de promover a
integração de instrumentos, espaços e momentos, e favorecer a reflexão, o
autoconhecimento e a tomada de decisão, a medida que possuir como base de
sustentação um processo de avaliação interna, robusto, bem desenvolvido e
estruturado por meio de sistemas internos de garantia de qualidade.