O conhecimento cognitivo e a mecanização da escrita no ensino fundamental.
Abstract
A dificuldade na aquisição e mecanização do processo da escrita e no
desenvolvimento cognitivo merece especial atenção para o imediato diagnóstico e prevenção
da situação. Os insucessos são atribuídos, na maioria das vezes, aos professores, outras vezes
à família por não dedicar um tempo ao acompanhamento do desenvolvimento dos seus filhos.
E, em especial, a questão da adoção de métodos constitui-se num ponto a ser examinado,
mesmo porque há um número deles e cada criador de metodologia considera o seu trabalho a
resolução do problema.
Por vivermos na “Era da globalização” onde os países, especialmente de baixa renda,
não têm tempo de acompanhar a vida escolar dos filhos. Dessa forma, deixa a cargo da escola
a preocupação com a educação de seus descendentes. É através desse ponto negativo, que os
filhos apresentam inúmeras dificuldades no contexto escolar e, que 80% dos genitores têm em
mente que o processo dos filhos está nas escolas e, não incorporam que o futuro de cada um
deles depende da integração familiar.
Sem duvida, a tarefa não é fácil e as questões envolvidas ultrapassam bastante o
âmbito pedagógico. Mas apenas restringindo-nos a esse último, acreditamos ser possível um
trabalho que contenha os pressupostos levantados. Para que essas experiências não se tornem
casos isolados, é preciso que se pense na educação - e dentro dela, a questão da alfabetização como uma meta prioritária – e, portanto, que se busquem soluções para esses problemas
mencionados aqui, que ainda hoje constituem uma rotina em nossas escolas.
Marilena Chauí, em conferência proferida no Primeiro Fórum da Educação Paulista
(10 a 12 de agosto de 1983), utilizou excelente imagem: o diálogo do aprendiz de natação é
com a água, não com o professor, que deverá ser apenas mediador desse diálogo aprendizágua.
Na leitura, o diálogo do aluno é com o texto. O professor, mera testemunha desse
diálogo, é também leitor, e sua leitura é uma das leituras possíveis.