ANÁLISE DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO PROCESSO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS EM UM HOSPITAL GERAL DE SERGIPE ARACAJU/SE 2015
Abstract
O papel do enfermeiro na manutenção do doador após o diagnóstico de Morte Encefálica (ME) é fundamental, viabilizando melhores condições funcionais dos órgãos e tecidos a serem retirados e transplantados. O objetivo desse estudo foi analisar o conhecimento do enfermeiro no processo de doação de órgãos e tecidos para transplante em um Hospital Geral de Sergipe.Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 45 enfermeiros das unidades de terapia intensiva e emergência, através de um questionário estruturado com 17 perguntas. Dos 45 questionários respondidos, 40% encontravam-se na faixa etária entre 25 e 30 anos, 71,1% tinham especialização e 75,6% tinham um tempo de profissão entre 0 a 5 anos. 82,2% afirmaram que a família deverá saber sobre o quadro clínico; 55,6% erraram em afirmar que a ME não é de notificação compulsória; 88.9% afirmaram que Escala de Coma de Glasgow 3 e uso de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central não poderá iniciar o Termo de Declaração de Morte Encefálica (TDME), e 84,4% responderam que a causa do coma era importante no TDME. 77,8% acertaram que o tempo mínimo entre os dois exames clínicos acima de 2 anos era de 6 hs e 8,9% acertaram os exames gráficos; 75,6% sabiam que o médico tem respaldo legal para desligar os aparelhos na ME; 20% referiram a hipotensão como principal complicação e 11,1% usaria 20 a 30ml/kg cristaloide aquecido em 43°c. 33,3% referiram que a meta é PAM > 65 mmHg e débito urinário > 0,5 a 4,0 ml/kg/h; 17,8% afirmaram que as drogas vasoativas utilizadas são Noradrenalina e Vasopressina. Diante do exposto, conclui-se que os enfermeiros apresentaram conhecimento no processo de doação, entretanto, ao se registraro conhecimento sobre a manutenção do potencial doador percebeu-se que os maiores índices foram de erros, o que implica em total alerta para o treinamento das equipes assistenciais.Considerando a importância do enfermeiro no processo de doação de órgãos, há uma grande necessidade de promover uma capacitação e atualização no conhecimento desses profissionais a respeito de todo o processo, que vai do diagnóstico de morte encefálica até a remoção dos órgãos doados.