dc.description.abstract | A seleção de novos talentos esportivos se dá a partir do conhecimento das capacidades físicas e do desenvolvimento motor apresentados durante a prática de uma determinada modalidade esportiva. Dantas, Portal e Alonso (2004) apontam a falta de uma política desportiva adequada e preocupada na descoberta de novos talentos esportivos. Essa descoberta exige um olhar diferente, um estudo mais aprofundado e que envolva a ciência. OBJETIVO: Propor um novo modelo de políticas públicas voltadas para a descoberta de novos talentos esportivos. METODOLOGIA: Esse estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados do Scielo e Google Acadêmico. Os termos utilizados para a pesquisa foram: “descoberta de talentos”, “iniciação esportiva” e “políticas públicas”. Foram encontradas 57 referências das quais cinco selecionadas. DESENVOLVIMENTO: A perspectiva básica da proposta é a integração da formação esportiva com setores da educação, ciência e indústria, de modo que o atleta participe de todos os processos e possa contribuir efetivamente com o desenvolvimento do esporte. Para que haja viabilidade na implantação desse modelo as crianças devem, até o período que corresponde entre 10 e 12 anos de idade, vivenciar inúmeros gestos motores inseridos em atividades lúdicas, visando seu desenvolvimento cognitivo e motor (TANI et al., 2012). Para um melhor desenvolvimento das crianças nas modalidades, essas serão direcionadas a escolas ou centros esportivos que propiciam treinamento dessas práticas. Para isso, se planejará a criação ou adequações desses espaços. A partir do 6º ano do ensino fundamental, iniciarão períodos semestrais de avaliação através de observações sistemáticas. Após as avaliações, as crianças terão oportunidades de se envolverem com diversas modalidades esportivas, porém, enfatizando àquela modalidade na qual suas habilidades motoras melhor se enquadrarão. O professor responsável pela identificação e avaliação dos talentos, produzirá relatórios que visem a caracterização detalhada dos perfis (motores, sociais, cognitivo e afetivo) dessas crianças. Nessa perspectiva, para cada descoberta, esse profissional receberá uma bonificação salarial. Durante sua vida escolar compreendida entre o 6º ano do ensino fundamental e a 3ª série do ensino médio, elas participarão regularmente das aulas de educação física escolar e, no turno inverso, treinamentos especializados em suas modalidades. Ao término do ensino médio, o atleta não precisará optar entre seguir no esporte ou ingressar em curso de ensino superior. Para isso, serão criados ou implementados Centros Desportivos Universitários (CDU) que, integrados nas universidades públicas e privadas, proporcionarão oportunidades de perpetuar nas duas atividades. Os atletas inseridos nos CDU poderão, além de treinar, contribuir ativamente com pesquisas científicas voltadas ao desenvolvimento do esporte e dos setores industriais como, por exemplo, alimentício (nutrição esportiva) e de desenvolvimento de materiais esportivos. Essa integração se torna importante a medida que não serão formados apenas atletas, mas cidadãos aptos a contribuírem em seus meios profissional e social. CONCLUSÃO: Conclui-se que tal projeto é de grande relevância, pois com o desenvolvimento do mesmo teremos profissionais qualificados e bem remunerados para realização na seleção de novos talentos e, paralelamente, o atleta como cidadão brasileiro poderá contribuir com país tanto na esfera esportiva quanto na científica e industrial. | pt_BR |