Cefaléia pós punção da dura-máter na raquianestesia: uma revisão integrativa da literatura
Abstract
A cefaleia pós raquianestesia pode comprometer a realização das atividades da vida
diária dos pacientes acometidos. A mesma ocorre por diversas razões,
apresentando alguns fatores de risco que devem ser levados em consideração, na
tentativa de evitar tal desconforto ao paciente, como no caso do tipo e calibre da
agulha utilizada na punção da dura-máter. A pesquisa apresenta como questão-
problema: Quais os fatores de risco, as medidas preventivas e os possíveis
tratamentos para a cefaleia pós-punção da dura-máter (CPPD) na raquianestesia?
Tendo como objetivo, identificar os fatores de risco que levam ao surgimento da
cefaleia pós-raquianestesia e as formas de prevenção e tratamento da mesma.
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, na qual pode-se inferir conceitos
acerca de questões substantivas de um conjunto de estudos que as tematizam.
Sendo assim, foi identificado que inúmeros fatores estão envolvidos no
desenvolvimento da CPPD, que podem ser relacionados ao paciente, como: sexo
feminino, IMC reduzido, uso de algumas medicações, poder de regeneração dural e
história prévia de cefaleia e depressão. Bem como relacionados ao procedimento,
como: inexperiência do anestesista, local da punção, tipo e calibre da agulha. Ainda,
pôde-se observar formas de tratamento da CPPD, como: tampão sanguíneo,
bloqueios anestésicos e alguns medicamentos. O presente estudo demonstrou que
existem fatores de risco para o desenvolvimento da CPPD que podem ser
modificados, bem como há formas de tratamentos efetivas, trazendo benefícios para
os pacientes, melhorando a qualidade de vida.