Padrão de aleitamento materno de crianças autistas em uma capital nordestina

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Date
2021Author
LACERDA, Mikéssia Miranda de
GONZAGA, Renata Grazielly de Farias
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A literatura sugere que a exposição a fatores ambientais no início da vida
exerce um papel importante na gênese do autismo e a não prática de aleitamento materno
parece impactar no neurodesenvolvimento e no maior risco de diagnóstico do transtorno do
espectro autista (TEA). O objetivo deste estudo foi avaliar o padrão de aleitamento materno
em crianças autistas na cidade de Maceió, Alagoas.
MÉTODOS: Estudo transversal realizado entre 2018-2019, com crianças portadoras de TEA
cadastrados em 4 instituições. Foi aplicado protocolo contendo informações socioeconômicas,
antecedentes pessoais, dados perinatais e sobre a prática de aleitamento materno. Utilizou-se
estatística descritiva para apresentar as características gerais, clínicas e nutricionais da
população. Analisou-se a diferença das médias de tempo de aleitamento materno exclusivo
segundo as variáveis maternas perinatais por meio do teste t para amostra independentes, onde
considerou-se uma significância estatística valores de p <0,05.
RESULTADOS: Constatou-se que 2/3 da amostra não foram amamentados até o sexto mês
de forma exclusiva. Foi possível identificar que a média de aleitamento materno no sexo
masculino foi significativamente menor do que a do sexo feminino (p =0,05) e crianças
nascidas de parto cirúrgico também apresentaram menor tempo de aleitamento materno
quando comparadas às nascidas de parto normal (p =0,03).
CONCLUSÃO: Desse modo pode-se concluir que os índices relacionados ao tempo de AM
foram insatisfatórios para a maioria das crianças autistas, estando aquém do que é
recomendado pela OMS e alguns fatores como crianças ser do sexo masculino e ter nascido
de parto cirúrgico impactaram no tempo de aleitamento materno.