Abordagem fisioterapêutica no alívio de dor em pacientes acometidas pela endometriose; uma revisão sistemática
Date
2021Author
OLIVEIRA, Anne Gabrielle Nascimento de
SANTOS, Renata Patrícia Menezes Cardoso
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A dor pélvica crônica inclui em seu diagnóstico a endometriose, que é definida como uma doença crônica, inflamatória, que normalmente ocorre durante o período reprodutivo da mulher. É caracterizada pela presença de focos de tecido endometrial localizados dentro ou fora do útero. As apresentações clínicas mais comuns são: dismenorreia, dispareunia, dor pélvica, disúria, e infertilidade. O tratamento farmacológico, cirúrgico ou a combinação dos dois são os mais recorrentes, porém podem trazer riscos e efeitos colaterais. A fim de avaliar os efeitos da abordagem fisioterapêutica, o presente estudo refere-se a prática de exercícios ativos que atuem no tratamento dos sintomas da endometriose com foco no alívio ou redução da dor. Foi realizada uma revisão sistemática com busca e coleta nas plataformas de dados virtuais LILACS (Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde), PubMED (via National Library of Medicine) e CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literaure via EBSCOhost). Além de incluir a tabela PEDro (Physiotherapy Evidence Database) para fundamentar esse estudo com as melhores evidências. Foram incluídos 8 artigos onde todos os estudos são randomizados e neles 1487 mulheres foram analisadas, dentre elas algumas diagnosticadas com endometriose e as demais consideradas saudáveis. As mulheres com endometriose apresentaram baixo limiar de dor comparado a mulheres saudáveis. A prática de exercício ativo foi eficaz na redução do estresse, no aumento dos níveis de cortisol e na melhora do condicionamento físico. Após a análise da pesquisa bibliográfica, os autores concluem que a abordagem fisioterapêutica não é eficaz no alívio ou redução da dor em pacientes com endometriose. Embora tenha obtido melhora na qualidade de vida, condicionamento físico, redução da fadiga, diminuição do estresse, normalização dos níveis de cortisol e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. Conclui-se também a necessidade de realizar novas pesquisas quanto ao tratamento conservador e abordagem fisioterapêutica no alívio da dor.