Tuberculose em Sergipe: estudo de variáveis relacionadas com a gravidade da doença.

Abstract

A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa, gerada pelo Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Ela é grave, porém, tem cura em praticamente todos os casos. O objetivo geral do estudo foi avaliar o perfil epidemiológico da tuberculose no estado de Sergipe. Já os objetivos específicos foram analisar a sua incidência no estado de Sergipe, entre os anos de 2015 a 2019 e identificar o acometimento em suas populações vulneráveis. O estudo foi de caráter epidemiológico observacional, quantitativo e descritivo. A coleta de dados foi realizada na base da plataforma DATASUS (Departamento de Informática no Sistema Único de Saúde). Na análise estatística, os dados coletados foram transportados para uma planilha no programa Excel for Windows 10 e apresentados em frequência absoluta (n) e frequência relativa (%). Encontrou-se maior incidência dos casos da doença em 2019, com 23,04%. Já a forma clínica pulmonar apresentou um maior número de casos em todos os anos. O sexo masculino foi mais predominante, com 72,86%, e, na variável raça, a parda (66,23%) teve maior incidência. A faixa etária predominante foi entre 20 a 39 anos (53,41%). Os munícipios de maior diagnóstico foram Aracaju, São Cristóvão, Lagarto e Itabaiana. Na situação de encerramento, 62,66% dos pacientes obtiveram cura e a associação com o diabetes teve maior predomínio (7,38%). Os pacientes alcoólatras (24,94%) e tabagistas (23,23%) também apresentaram associação com a TB. Foi possível concluir que o estado de Sergipe apresentou alta prevalência de diabetes nos últimos anos, com alta incidência nos municípios mais populosos, associada a grupos vulneráreis. O conhecimento do perfil epidemiológico dos agravos se faz importante para nortear as políticas públicas, melhorando a qualidade de vida da população. Sugere-se que deem continuidade a busca ativa de casos e que seja desenvolvido novos estudos abordando o perfil epidemiológico.