Análise da qualidade de vida e função sexual de mulheres mastectomizadas: uma nova perspectiva para a intervenção fisioterapêutica

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Date
2021-02-23Author
AVEZEDO, Laura Marcelly Moraes de
TELES, Piêtra Katiucha Sales
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O câncer de mama e seus tratamentos radicais, como a mastectomia, afetam não só os aspectos físicos da mulher, como também psicológicos. A perda de um órgão tão representativo para mulher pode gerar alterações que afetam sua autoestima e sua sexualidade, favorecendo o desenvolvimento de disfunções sexuais. A fisioterapia na saúde da mulher atua contra os sintomas que se abatem nas disfunções sexuais favorecendo uma melhor qualidade de vida para essas mulheres. OBJETIVO: Analisar a função sexual e a qualidade de vida de mulheres mastectomizadas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e observacional realizado a partir de uma amostra quantificada por meio do cálculo amostral. Os critérios de inclusão para o estudo foram: mulheres que passaram pela cirurgia de mastectomia oncológica parcial, total ou radical. Os critérios de exclusão foram: diagnóstico de disfunção sexual anterior ao diagnóstico de câncer de mama e presença de déficit cognitivo ou alguma dificuldade na compreensão do questionário. As mulheres participantes da pesquisa após assinarem o TCLE responderam uma ficha de coleta de dados e aos questionários QS-F e EORTC QLQ-C30 para avaliação da função sexual e da qualidade de vida dessa população. RESULTADOS: A amostra foi formada por 20 mulheres com média de idade de 54,6 anos (DP ± 9.04), das quais 70% realizaram mastectomia radical. Observou-se no presente estudo que a informação acerca dos possíveis efeitos do câncer e de seu tratamento na vida sexual das mulheres não foi informada pelos profissionais de saúde na maior parte dos casos (60%), assim como a atuação da fisioterapia nas disfunções sexuais são desconhecidas pela maioria dessa população (85%). As mulheres submetidas à mastectomia apresentaram piora na qualidade de vida e no desempenho sexual, apresentando uma variação entre regular a bom (40%) e ruim a desfavorável (25%). CONCLUSÃO: O estudo mostrou déficit na função sexual e piora da qualidade de vida dessa população, assim como baixo nível de informações sobre os problemas que o tratamento do câncer pode causar na sua sexualidade. A fisioterapia é de suma importância e eficácia no tratamento dos distúrbios sexuais