REMOÇÃO DE ÍONS DE BÁRIO EM MEIO AQUOSO UTILIZANDO CASCA DE LARANJA COMO ADSORVENTE
Abstract
Os íons metálicos de Bário (II) que estão presentes no efluente de indústrias químicas, principalmente, da produção de petróleo, são responsáveis pelos danos causados pelas incrustações nas linhas de produção e equipamentos. A captura desse metal foi investigada em materiais minerais ou argilo-minerais. Neste trabalho a captura de íons de Bário (II) foi analisa em casca da laranja. Primeiramente, foi analisada a aplicação do material sem nenhuma modificação química em sua superfície. A casca da laranja foi lavada, secada e triturada. Com esse material foi analisado o efeito da quantidade de adsorvente numa concentração fixa de metal igual a 500 mg/L. Depois, estudou-se a cinética de adsorção em diferentes concentrações iniciais de bário (C = 100, 200, 300, 400 e 500 mg/L) numa dosagem fixa de adsorvente. Além disso, um estudo para compreender o mecanismo de adsorção foi realizado através da construção da curva de isoterma de adsorção, em temperatura ambiente. Os efeitos da concentração inicial e do pH do meio foram estudados através de uma matriz de planejamento experimental completa. O pH variou entre 3 e 7, e a concentração inicial entre 200 e 800 mg/L A casca da laranja apresentou capacidade máxima de adsorção de 11 ± 3 mgBa/g de casca de laranja. O processo de adsorção em função do tempo foi bem representado pelo Modelo de Cinética de Pseudo Segunda Ordem (R² > 0,94) e a equação de Freundlich apresentou um bom ajuste aos dados experimentais de equilíbrio de adsorção (R² = 0,982). A casca da laranja sem modificações apresentou eficiência de remoção máxima de 78 ± 4%. Por fim, foram realizadas modificações da superfície da casca da laranja com ácido e com base e aplicado as mesmas condições de pH e concentração inicial do metal determinadas no planejamento experimental. A modificação com base apresentou remoção maior que 96% e capacidade de adsorção máxima de 49 mg/g de adsorvente. A modificação com ácido não favoreceu o processo e apresentou remoção máxima de 43,52% e capacidade de adsorção de 8,92 mg/g.