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dc.contributor.authorSANTOS, Viviane Fernandes Conceição dos
dc.contributor.editorREIS, Francisco Prado
dc.contributor.editorLIMA, Sônia Oliveira
dc.date.accessioned2020-01-15T09:44:11Z
dc.date.available2020-01-15T09:44:11Z
dc.date.issued2020-01-15
dc.identifier.urihttps://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/handle/set/3127
dc.description.abstractMudanças vêm sendo constatadas no perfil de adoecimento e morte da população mundial, evidenciando-se o aumento de doenças crônico-degenerativas e apresentando a doença renal crônica enquanto um dos principais desafios da saúde pública para este século. São duas as terapêuticas disponíveis para a doença renal crônica em estágio avançado, a diálise ou o transplante. Embora haja consenso entre especialistas quanto à eficácia dos tipos de diálise – diálise peritoneal contínua, diálise peritoneal automatizada e hemodiálise (HD) -, esta última é o tipo que somente pode ser realizada em ambiente clínico, trazendo consequências diretas para a rotina do indivíduo devido à periodicidade de deslocamento até à clínica, tempo do procedimento e frequente necessidade de acompanhante. Renais crônicos compõem o maior grupo à espera de órgãos para transplante. Pesquisar sobre a qualidade de vida (QV) das pessoas em HD torna-se necessário, não apenas pelo aumento de incidência e prevalência na população, chegando a ser compreendido por alguns autores como uma epidemia mas, também, pelos efeitos diretos e abruptos na vida do renal crônico. Aqui, estamos diante de culturas distintas que aparam arestas até que tudo seja ressignificado para o renal crônico. Impacto na compreensão do quadro, interferência nas relações sociais, na percepção do corpo e do que ingerem os renais, periodicidade do tratamento, necessidade de cateter ou fístula para conexão com a máquina. Esses são alguns dos aspectos pós-diagnóstico, que tornam necessários cuidados multidisciplinares para que a QV dessas pessoas possa ser analisada e elevada a níveis satisfatórios, a partir das estratégias profissionais e individuais. Neste trabalho, pesquisamos com pessoas que hemodialisam em duas clínicas de Aracaju, objetivando avaliar a QV sob uma perspectiva antropológica. Participaram do estudo 117 pessoas, de ambos os sexos, com mais de um ano de tratamento, entre 18 e 70 anos de idade. Para avaliação quantitativa da qualidade de vida fizemos uso do instrumento Kidney Disease and Quality of Life SF™1.3(KDQOL). Foram avaliadas as médias dos grupos socioeconômicos e os domínios de KDQOL-SFTM, através dos testes de Mann-Whitney, Teste de Kruskal-Wallis e teste de Tukey quando categóricas as variáveis socioeconômicas; correlação de Spearman quando contínuas. Também foram calculados os tamanhos de efeito W conforme Cohen para as diferenças de média. Para detectar possíveis associações entre variáveis categóricas, foi utilizado o teste X² de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Soma-se a esta avaliação a perspectiva antropológica que identifica, no processo saúde-doença, outras dimensões da vida, para além do físico ou biológico, como o simbólico e a facticidade da experiência através da ecologia humana e do paradigma da corporeidade. Foi feita análise entre os resultados do KDQOL e sua relação com as entrevistas semiabertas, realizadas com 20 participantes que também haviam respondido ao KDQOL, visando avaliar o mesmo aspecto, verificando ratificação ou incongruência dos dados. Foi realizada, também, observação etnográfica. Os dados evidenciaram pessoas em HD com maiores escores de QV nos campos: Função sexual (92,3), Estímulo da equipe de diálise (91,4), Função cognitiva (89,9); Qualidade da interação social (84,9). Os menores escores estão nos campos Situação de trabalho (17, 1), Funções físicas (44,7), Sobrecarga da doença renal (51,6) e Função emocional (52,1). Nos campos classificados livremente nas entrevistas, os pacientes destacaram maior satisfação para qualificar suas vidas: apoio familiar, relação com Deus, apoio de equipe da clínica, ter um lugar para voltar. Campos com menor satisfação: disposição física, desempenho sexual, vida social, ambiente onde reside. A média etária foi de 48,5 anos (DP 13,4); e 68,4 na faixa de 1 a 4 anos de tratamento. Pessoas em HD podem apresentar bons resultados de QV. Tipo de acesso endovenoso, vínculo religioso, e presença da diabetes foram variáveis de destaque na correlação com os escores. A ferramenta de QV específica, o KDQOL foi eficiente para mensurar QV, mas, sua autoaplicabilidade foi inviável para esta população. Os resultados reforçam a importância da individualização no atendimento pela equipe multidisciplinar, favorecendo estratégias para melhoria da QV.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectExperiênciapt_BR
dc.subjectHemodiálisept_BR
dc.subjectCorporeidadept_BR
dc.subjectEcologia Humanapt_BR
dc.titleUM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS EM HEMODIÁLISEpt_BR
dc.typeTrabalhos finais e parciais de curso: Teses de Doutoramento (defendida e aprovada por banca especializada)pt_BR
dc.description.localpubARACAJUpt_BR


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