| dc.description.abstract | Observa-se que as condições de vida, saúde e trabalho têm mudado de maneira contínua e sustentada na maioria dos países no último século, devido aos progressos do desenvolvimento econômico e social. A saúde envolve não somente o perfeito bem estar físico, mental e social do indivíduo, mas também o seu estilo de vida e trabalho. As mudanças ocorridas no mundo do trabalho têm contribuído para o aparecimento do estresse. O estresse tem sido um indicador importante e determinante para uma boa qualidade de vida fica evidente a relevância da análise entre os índices de saúde geral e de estresse nas mulheres trabalhadoras. Atualmente, fica evidente a participação das mulheres em locais tradicionalmente ocupados por homens como a construção civil. Diante deste cenário, o objetivo do estudo foi identificar os índices de estresse e de saúde geral entre mulheres trabalhadoras em obras de construção civil da grande Aracaju-SE. A pesquisa foi do tipo métodos mistos, de campo, sendo realizada coleta de dados, nas quais, as mulheres trabalhadoras no ramo da construção civil de obras pré-selecionadas responderam o questionário sociodemográfico, questionário de saúde geral (QSG-12), escala de estresse percebido (PSS), inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL) e um roteiro de entrevista semi-estrurada a fim de evidenciar dados referentes a relação entre saúde e estresse no âmbito ocupacional. Para análise estatística dos dados foram utilizados o teste Exato de Fisher (associações entre variáveis categóricas), as diferenças de média foram avaliadas por meio da Análise de Variância (ANOVA) e a correlação de Spearman (variáveis contínuas, discretas e ordinais). O nível de significância adotado foi de 5% e o software utilizado foi o R Core Team 207. Para análise dos dados qualitativos foi utilizada a análise de conteúdo. Participaram do estudo 57 mulheres trabalhadoras de oito empresas de construção civil. A idade média das participantes foi de 32 anos com carga horária de trabalho semanal de 42 horas. A maioria (96,5%) considerou-se saudável e habitavam em imóvel próprio (71,9%). O estresse revelou-se positivo em 64,9% e 89,1% encontravam-se na fase de resistência. Os resultados qualitativos identificaram que a inserção da mulher no mercado de trabalho no segmento de construção civil, culturalmente destinado aos homens, traz consigo pontos importantes, tais como: o estresse e dificuldades vivenciadas pelas mulheres que trabalham diretamente no canteiro de obras, preconceito, machismo e assédio. Foi possível traçar o perfil sociodemográfico, conhecer características de trabalho, assim como identificar os níveis de estresse e constatar a sua relação com a saúde geral. Logo então, considera-se importante o desenvolvimento de estudos que ajudem a compreensão dessas novas mudanças e configurações femininas entendendo a relação do estresse com a saúde. | pt_BR |
