AMBIENTE E A SAÚDE DO IDOSO NAS ZONAS RURAL E URBANA DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE NORDESTINO
Abstract
Com o aumento da expectativa de vida, e conseqüentemente o envelhecimento das
populações, surge a necessidade de adequar os ambientes para os idosos. Este estudo tem
como objetivos avaliar a relação do ambiente da zona rural e da zona urbana no perfil de
saúde do idoso e pontuar as diferenças relevantes entre estes dois grupos. Trata-se de um
levantamento quantitativo, de corte transversal com 270 sujeitos (156 Zona Urbana e 114 da
Zona Rural) do município de Macambira-SE. Os resultados apontaram uma maior
freqüência de idosos na faixa etária de 60 a 65 anos (35,09%) na zona rural e de 71 a 80
anos (35,26%) na zona urbana, com predominância de mulheres em ambas, (71,79%
urbana e 50,88% rural). Quanto ao grau de escolaridade e gênero, verificou-se maior
percentual de idosas que freqüentaram da 1º ao 4º ano do ensino fundamental (33,70%),
enquanto que no gênero masculino (21,11%); sendo que 73,72% da zona urbana e 87,72%
da zona rural moram com a família. O abastecimento de água por rede geral é 98,72% na
zona urbana e 46,49% na zona rural, e ainda 23,68% da zona rural é abastecida por poço
ou nascente. No que diz respeito aos resíduos domésticos, 98,08% dos sujeitos da zona
urbana referiram ter coleta regular contra 65,79% dos domicílios na zona rural que têm o
seu lixo queimado ou enterrado. Quanto às atividades instrumentais da vida diária, foi
observado que os próprios idosos realizavam as atividades domésticas e manuais,
respectivamente (37,82%) na zona urbana e (39,47%) na zona rural e quanto ao uso de
medicamentos, 76,92% dos idosos da zona urbana e 75,44% zona da rural apresentavam
autonomia na administração. Observou-se também, que os próprios idosos realizam a
maioria das atividades cotidianas, 96,79% na zona rural e 98,25% na zona urbana. Em
relação à acessibilidade na Estratégia de Saúde da Família, 81,58% da zona rural e 69,87%
da zona urbana não tinham dificuldades. Quanto aos vícios, foi relatado que, 80,13% da
urbana e 69,30% da rural não tinham vícios, enquanto 17,54% da zona rural declararam-se
fumantes. O presente trabalho vem destacar a necessidade de implementação de políticas
públicas que possam fixar o idoso no ambiente rural.