dc.description.abstract | No ambiente hospitalar concentram-se pacientes acometidos pelas mais variadas patologias, assistidos por diferentes categorias de profissionais da saúde. Inúmeros estudos demonstram condições impróprias de trabalho em grande parte das instituições de saúde, expondo os trabalhadores a riscos ocupacionais. O objetivo dessa pesquisa foi estudar fatores capazes de propiciar a contaminação pelo vírus da hepatite B nos profissionais de saúde que desenvolvem suas atividades laborais em um hospital de urgência na cidade de Aracaju-SE. O estudo foi realizado no período de maio a setembro de 2007. Tratou-se de pesquisa descritiva de corte transversal cujos dados foram coletados por meio de formulário. A população amostral foi constituída por todos profissionais que mantinham contato direto com pacientes e manuseavam objetos utilizados em ambientes de assistência. Abordou-se variáveis como: gênero, idade, categoria profissional, tempo de profissão, conhecimento adquirido dos profissionais da saúde sobre hepatite B, estado vacinal, acidentes de trabalho declarados e a freqüência das notificações de acidentes declarados e notificados. Observou-se uma população predominantemente jovem com tempo de profissão de 1 a 10 anos. O gênero feminino foi significativamente maior e pertencente a categoria de aux/tec. de enfermagem. A prevalência de imunização anti-hepatite B nos profissionais da saúde foi de 63%. Os acidentes ocupacionais com material biológico acometeram 55% dos pesquisados, destes 54% foram acometidos por lesão percutânea. O sangue foi o fluido mais envolvido. Os setores de maior registro declarado foram Urgência/Emergência, Centro-Cirúrgico/ CME e UTI. A subnotificação foi relevante nas categorias profissionais com nível superior. Concluiu-se que todos os profissionais da área da saúde estão diante de uma alta exposição ocupacional e, portanto, vulneráveis a adquirir a hepatite B provavelmente devido aos seguintes fatores: conhecimento insuficiente sobre a doença; baixo percentual de imunizados e pouca conscientização da gravidade dos riscos, mesmo entre os profissionais de nível superior. | pt_BR |