| dc.description.abstract | A anemia Falciforme é uma doença genética e hereditária de origem africana e
mundialmente difundida, principalmente no Brasil por ser um país de grande
miscigenação. É ocasionado pela formação de uma hemoglobina anômala, a
hemoglobina S (HbS), devido a troca de dois aminoácidos, valina e glutamina
durante a formação da sua cadeia beta. Essa HbS quando desoxigenada, assume a
forma de “foice.” A doença falciforme (DF) compreende um grupo de
hemoglobinopatias com repercussão clínica significante, caracterizada pela herança
do gene falciforme em pelo menos um dos pais. Os genótipos que compõem a DF
resultam da homozigose para o gene da Hb S, e heterozigose entre o gene da Hb S
e outras variantes como Hb C e Hb D, bem como na interação com a talassemia
beta ou alfa ou ainda de persistência hereditária da hemoglobina fetal (PHHF). O
conhecimento dos diferentes genótipos da DF faz-se necessário em virtude de suas
implicações no quadro clínico e prognóstico dos pacientes. As manifestações
clínicas da DF são bastantes variáveis. Anemia e fenômenos vaso-oclusivos são as
complicações mais frequentes, seguido de crises álgicas e maior susceptibilidade a
infecções. Já as manifestações orais, relacionadas a doença falciforme ocorrem
principalmente a nível de gengiva e de ossos maxilares, resultando em má oclusão
importante. É de extrema importância que o cirurgião dentista, tenha conhecimento
das possíveis alterações bucais que esta anemia provoca no paciente, evitando
serem negligenciadas e como devem ser tratadas. A metodologia empregada, foi por
meio de revisão de literatura em artigos científicos por método descritivo sobre o
assunto em publicações LILACS, PubMed, MedLine e SciELO. O objetivo deste
artigo é proporcionar, através de uma revisão bibliográfica, mais conhecimento sobre
esta doença e sua importância na clínica odontológica, a fim de amenizar os riscos
de infecções e manter a saúde bucal desses pacientes. | pt_BR |
