Taxa de cesáreas e suas indicações em maternidades de alto risco da capital de Alagoas

View/ Open
Date
2019-10-28Author
COSTA, Marina Monteiro da
COSTA, Marcelo Monteiro da
Metadata
Show full item recordAbstract
Analisar se a taxa de cesáreas realizadas nos hospitais de alto risco da capital de Alagoas, Maceió, está dentro do que recomenda o Ministério da Saúde (MS). Como também, se as operações cesarianas feitas nesses hospitais estão entre as indicações do MS para realizar tal procedimento e se essas gestações foram adequadamente classificadas como de alto risco. Métodos: Estudo descritivo com análise de tendência, que teve como critérios de inclusão: Gestantes de alto risco que foram submetidas ao parto cesariano nos hospitais de alto risco em Maceió/AL entre os anos 2008-2017; partos cesarianos realizados em maternidades de alto risco de Maceió/AL (Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes - HUPAA-UFAL e Maternidade Escola Santa Mônica) entre os anos de 2008-2017. A análise de tendência foi verificada utilizando o qui-quadrado através do software Epi Info versão 3.5.3 (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta – GA, EUA). Resultados: A taxa de cesáreas realizadas nos hospitais de alto risco da capital de Alagoas, entre os anos de 2008 e 2017, foi de 40% no HUPAA e 58,7% na Santa Mônica. No HUPAA o resultado do X² de tendência foi de 32,27 e p<0,001, havendo tendência de aumento, crescente nos últimos três anos da análise. Na Maternidade Santa Mônica, o X² de tendência foi de 15,53 e p<0,001, revelando tendência significativa de aumento. Conclusão: A taxa de cesarianas nas maternidades de alto risco da capital de Alagoas é alta e fora do padrão recomendado pelo MS. Este estudo revelou também que várias cesáreas realizadas receberam o Código Internacional de Doenças (CID 10) não preconizados pelo MS para realização de cesáreas em gestação de alto risco. Evidenciou-se ainda que várias gestações foram classificadas de alto risco e culminaram com a realização de cesáreas, quando, pelos CID's notificados, faziam parte da classificação de risco habitual.