A FORÇA E A BELEZA DO SERTÃO E DO HOMEM SERTANEJO NA VISÃO DE EUCLIDES DA CUNHA E PATATIVA DO ASSARÉ (UNIT-SE)
Date
2019-09-03Author
ALBUQUERQUE, Ana Paula Santos
JESUS, Antonia Maria Nery de
SILVINO, Márcia Prado
MATIAS, Nayra Regina Gonçalves
NUNES, Antonia Maria
Metadata
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O presente artigo tem a finalidade de analisar a forma como os autores Euclides da Cunha e Patativa do Assaré representam o sertão e o homem sertanejo em suas respectivas obras, Os sertões e Cante Lá que eu canto cá. Para tanto, dialogaremos com autores como: Darcy Ribeiro, Marco Antonio Villa, Luís da Câmara Cascudo, Durval Muniz de Albuquerque e Cláudio Henrique Sales. Os Sertões de Euclides da Cunha é a primeira obra significativa que se contrapõe a visão ufanista e ingênua do país, pós-romantismo. Desmistificou o pensamento sobre a formação do homem brasileiro, vigente entre as elites do período, de que somente os brancos de origem européia eram legítimos representantes da Nação. Mostrou que não existe raça branca pura, mas uma infinidade de combinações multirraciais. Patativa do Assaré Narra a saga do homem sertanejo em verso e prosa, revelando as dificuldades, o descaso e o abandono do homem do sertão. Os dois olhares, de Assaré e de Cunha, apesar de diferentes, em todos os sentidos, complementam-se. Cunha tem o olhar do homem de ciência de seu tempo, Assaré tem o olhar humanizado do verdadeiro artista. Consegue enxergar além do que o real exibe. Vê poesia, onde os demais só enxergam miséria.