| dc.description.abstract | Através dos pressupostos teóricos e metodológicos da história cultural, o presente trabalho teve como objeto de análise a trajetória educacional da Instituição Educativa Severiano Cardoso (IESC) da cidade de Boquim, Sergipe (1924 – 2016). Com a intenção de contribuir com a história da educação a partir da história da IESC e direcionada pela história local (SAMUEL, 1990), busquei responder às seguintes inquietações: Qual a conjuntura política e educacional que deu suporte para a criação da IESC na cidade de Boquim? Como se deu o seu processo de implantação? Quais elementos a identificam? Esses elementos são específicos do local? Qual a formação escolar oferecida e o perfil dos alunos formados pela instituição? Qual a representação da IESC para a educação no município de Boquim? Ou seja, qual a relação entre o nacional e o local no processo de criação, implementação e consolidação de uma Instituição Educativa Severiano Cardoso? O pressuposto que se tem é que a história das instituições educativas permite não somente identificar os diferentes aspectos que contribuíram para a sua implementação e consolidação, mas também contribui para a compreensão da história da educação, na medida em que uma instituição é fruto de um sistema de ensino e, embora siga uma cultura escolar comum, desenvolve uma cultura de escola própria e que lhe dá identidade. Diante disso o objetivo geral foi compreender a representação educacional da Instituição Educativa Severiano Cardoso para a cidade de Boquim, para tanto foi necessário: identificar as fases pelas quais a instituição passou, bem como as mudanças ocorridas em cada uma delas e analisar, por meio das representações, a identidade da instituição. Para tanto foram utilizados legislações e documentos institucionais, mensagens de governadores, relatórios de inspetores, dentre outros. Em busca de encontrar respostas para indagações, enveredei pela noção de “instituição educativa” de acordo com Magalhães (2004), representação a partir de Roger Chartier (1990), e a metodologia da história oral segundo Alberti (2004). As narrativas foram tomadas neste trabalho como fonte e fio condutor da escrita da história, pois elas permitem que se revisite o passado da instituição educativa por meio das memórias de quem dela fez parte. Assim, nos meandros das transições da IESC, se revelaram dispositivos legais e pessoais próprios de tempos e espaços, modos de educar incorporados e refletidos pelos personagens e que as representam e por meio dos quais se chega à conclusão de que a história de uma instituição se revela tanto por suas singularidades, que podem ser analisadas a partir dos seus frutos, que lhes dão sentido, como pela sua permanência ativa relacionada ao acompanhamento das mudanças ocorridas no sistema educacional. | pt_BR |
