INCLUSÃO EM CONTEXTOS, CONTRASTES E DESAFIOS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO BÁSICA EM ARACAJU/SERGIPE
Abstract
Esta dissertação, vinculada a linha de pesquisa: Políticas e Formação de Professores do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Tiradentes de Aracaju/Sergipe, partiu das seguintes questões norteadoras: como ocorreu o processo de aprendizagem dos estudantes (com e sem deficiência) do 3° ano do ensino fundamental em uma escola básica, da rede privada, na cidade de Aracaju/Sergipe, no ano de 2017? Que práticas pedagógicas foram utilizadas pelas docentes? Teve-se como objetivo geral analisar as interações professor–aluno–conhecimento e as práticas pedagógicas nas salas de aulas inclusivas das turmas em questão. A problemática foi investigada a partir de categorias a priori, como: exclusão, inclusão, diferença e aprendizagem (re)construídas no campo empírico, considerando os estudos de Bezerra e Souza (2012, 2013) e Mantoan (2004, 2005, 2007, 2008, 2016) sobre a abrangência da educação inclusiva; Morin (2003, 2005, 2011) e Vygotsky (1997, 1998, 2000, 2001, 2004, 2011) na perspectiva da aprendizagem. A metodologia apoiou-se na abordagem qualitativa que permitiu uma análise das particularidades da realidade. No tocante aos instrumentos de coleta, foram utilizadas a observação sistemática por meio de um protocolo de registro cursivo e as entrevistas com roteiro semiestruturado. Os dados coletados foram trabalhados à luz da análise de conteúdo que possibilitou relacionar os registros obtidos com o referencial teórico norteador da investigação. Os estudos acerca da aprendizagem ocorreram por meio de um processo dialético fundado em uma prática pedagógica mobilizadora da zona de desenvolvimento proximal, independentemente da compleição física ou intelectual dos estudantes. Os relatos permitem afirmar que, no ambiente da escola, existe uma reciprocidade no tratamento da linguagem didática utilizada, considerando um avanço metodológico do ponto de vista da educação especial e inclusiva. Verificou-se, ainda, que os discentes respondem positivamente aos procedimentos didáticos aplicados pelos professores-mediadores nas aulas. As interações entre aluno-aluno, professor-aluno-conhecimento e a exploração da zona de desenvolvimento proximal em sala devem ser intensificadas, contemplando todos os alunos e não só aqueles com deficiências, até porque isso os isola do conjunto da turma. A ludicidade e a socialização (cooperativo, em pequenos grupos heterogêneos) revelaram-se trabalhadas, recaindo a ênfase nos aspectos cognitivo e socioemocional.