Ocorrência de inibidores de fator VIII da coagulação em pacientes com hemofilia atendidos no Hospital de Hematologia da Fundação Hemope
Date
2018-06-21Author
Bezerra, Mayara Maria de Fátima
Andrade, Jeyce Kelle Ferreira de
Lima, Magaly do Bom Parto Lopes Vieira
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A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, causada pela deficiência quantitativa ou qualitativa da atividade coagulante do fator VIII (FVIII) da coagulação. As hemofilias caracterizam-se clinicamente pelo aparecimento de sangramentos e manifestações hemorrágicas que acontecem sem associação com traumas evidentes. Atualmente umas das principais barreiras relacionadas ao tratamento da hemofilia A é o desenvolvimento de inibidores contra o FVIII da coagulação. Pacientes portadores de hemofilia A que desenvolvem inibidor necessitam de maiores cuidados e uma terapia de reposição de fator diferenciada. Este trabalho tem como objetivo, verificar a ocorrência de inibidores de fator VIII em seus diferentes tipos e classifica-los em: Leve, moderada e grave em pacientes portadores de Hemofilia A, acompanhados na Fundação HEMOPE. O trabalho se baseou em um estudo transversal do tipo série de casos, onde foram analisados os prontuários de 100 pacientes acompanhados no ambulatório do HEMOPE. Primeiramente foi realizada a identificação dos pacientes portadores de Hemofilia A, em seguida separados os que apresentavam o inibidor contra o fator VIII. Posteriormente foi classificado os pacientes que apresentavam o inibidor em seus três tipos afim de associar a gravidade da doença à presença do inibidor. Nossos resultados demonstraram que dos 100 prontuários analisados 42% deles apresentavam a forma grave da Hemofilia A, 44% a forma moderada e 14% a forma leve. Onde, o percentual de pacientes hemofílicos A grave que apresentaram inibidor foi de 54,76%; o de hemofílicos A moderado com inibidor foi de 20,45% e não houve registro de hemofílicos A leve com histórico de inibidor. Estes resultados nos permitem concluir que a presença do inibidor está relacionada a gravidade da doença, fazendo surgir a necessidade de uma maior atenção na classificação destes pacientes para um melhor prognóstico e tratamento.