Avaliação das alterações microbiológicas da flora cérvico vaginal em reeducandas de uma penitenciária feminina do Estado de Pernambuco
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Date
2017-07-21Author
ALEXANDRE, Cintia Valentim
BEZERRA, Damares Valentim
LIMA, Daniele Benício de
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As alterações microbiológicas apesar de benignas provocam desconforto às mulheres,
visto que são os principais fatores a procura de atendimento ginecológico. O exame
preventivo Papanicolau detecta o câncer cérvico uterino em sua fase inicial, sendo
possível também identificar as alterações microbiológicas que são determinantes nas
inflamações do trato vaginal. O objetivo desta pesquisa foi avaliar as alterações da
microbiologia da flora cérvicovaginal nos resultados dos exames Papanicolau realizados
em uma Penitenciária Pública Feminina no Estado de Pernambuco. Trata-se de
um estudo descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa, que teve uma amostra
de 176 resultados dos exames Papanicolau coletados através da Unidade Móvel
do LACEN/PE, no período de outubro a dezembro de 2015. Utilizou-se para coleta
de dados informações contidas nos resultados dos exames Papanicolau referentes a
faixa etária, microbiologia e HPV, os dados obtidos foram armazenados e analisados
pelo Software Epi Info™. A partir da análise dos resultados contidos nos laudos, foi
traçado um perfil quantitativo das principais alterações microbiológicas e HPV. Assim,
o resultado do estudo apresentou, para esse grupo populacional, na faixa etária de
18 a 29 anos, alterações benignas, como: Cocos em um percentual representativo
de 62,5% (70) reeducandas; para Gardnerella vaginalis 17,0% (19); Trichomonas vaginalis
10,7% (12); Cândida sp 3,6% (04) e Lactobacillus sp 57,1% (64). Entre 30 a
49 anos: Cocos 66,7% (40); Gardnerella vaginalis 13,3% (08); Trichomonas vaginalis
10,0% (06); Cândida sp 8,3% (05) e Lactobacillus sp 56,7% (34) e acima dos 50 anos:
Cocos 75,0% (03) e Lactobacillus sp 50,0% (02), vale ressaltar que varias mulheres foram
acometidas com duas ou mais alterações microbiológicas. Para tanto, percebe-se,
até o presente momento, que apresentaram alterações malignas a faixa etária de 18
a 29 anos com 1,7% (03). Diante do exposto, conclui-se que assistência à saúde ginecológica
das reeducandas de uma Penitenciária Feminina do Estado de Pernambuco,
segundo os resultados apresentados neste estudo mostrou que as ações e estratégias
direcionadas a saúde ginecológica dentro da Unidade Prisional, precisa ser mais efetiva
na prevenção e tratamento das ISTs, haja visto, que são mulheres vulneráveis, por
se encontrarem aprisionadas, baixa autoestima, imunidade comprometida, resultando
em infecções microbiológicas da flora cévico vaginal, quanto a infecção pelo Papiloma
vírus humano/HPV (NIC 1) que foi uma representação de 1,7% (03), numa amostra de
176, constatou-se dentro de um limite de proximidade comparando-se com a população
não carcerária.