Relacionados à síndrome da angústia respiratória aguda: fatores causais e desfecho clínico
Date
2016-08-09Author
FIGUEIREDO, Beatriz Figueiredo e
ALMEIDA, Cândida Viana de
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zada como opacidades
bilaterais à radiografia de tórax, aparecimento súbito dentro de 1 semana após exposição a
fator de risco, aparecimento ou piora de sintomas respiratórios, insuficiência respiratória
não explicada por ICC ou sobrecarga volêmica e hipoxemia. Pode ser classificada como
leve, moderada ou grave de acordo com o grau de hipoxemia e relação pressão parcial de
oxigênio/fração inspirada de oxigênio (PaO2/FIO2), sendo considerada leve de 201 a 300,
moderada de 101 a 200 e grave quando > 100. Esse estudo teve como objetivo analisar os
fatores clínicos e funcionais relacionados a SARA, em uma Unidade de Terapia Intensiva
da cidade de Aracaju/SE, considerando sua relação com variáveis como: idade, gênero,
motivo da internação hospitalar (clínico ou cirúrgico), data da internação e diagnóstico da
SARA, diagnóstico clinico inicial e final, tempo de internamento na UTI e em ventilação
mecânica invasiva, escopo funcional inicial e final (alta), índice de oxigenação, PaCO2,
sepse, fatores de risco para lesão pulmonar, desfecho (alta, óbito ou transferência). Trata-se
de um estudo longitudinal do tipo coorte retrospectiva, com coletas de dados em
prontuários no período de junho de 2011 a outubro de 2015. A busca totalizou 3.542
pacientes, sendo 48 com SARA. As análises estatísticas foram realizadas através dos testes
de Mann-Whitney, de Wilcoxon, do qui-quadrado e da Correlação Linear de Spearman.
Constatou-se que a SARA foi ligeiramente prevalente em pacientes do gênero masculino,
com idade >60 anos e admitidos na UTI por motivo clínico. A maioria desenvolveu a
gravidade moderada da patologia. Pacientes com mais dias de internamento e,
consequentemente, mais tempo em uso da VMI, obtiveram piores escopos funcionais e
evoluíram com pior desfecho clínico (óbito). Foi observado também que quase todos os
pacientes diagnosticados com SARA (88,8%), desenvolveram sepse e a maior parte dos
pacientes que evoluíram pra SARA através de sepse foi por foco pulmonar. O escopo
funcional apresentou-se como um dado relevante, uma vez que na entrada o paciente
apresentava uma mediana de 1 e no momento da alta uma mediana de 9. Observou-se
também que dos 48 pacientes, 45 apresentaram fatores de risco para lesão pulmonar e a
causa clínica foi a que mais levou ao óbito desses pacientes. Baseado nos dados avaliados
pode-se traçar um perfil clínico e funcional do paciente com SARA.