| dc.description.abstract | O presente trabalho tem como sujeitos/objeto de estudo as trajetórias de vida de 21
professoras do alto sertão sergipano. Busco, a partir delas, compreender como se constituiu o
campo educacional na região do alto sertão sergipano de 1950 a 1970. Para tanto, foi
necessário apreender as marcas da educação impressas na memória daquelas que um dia
foram alunas e se tornaram professoras e averiguar sua relação com as políticas públicas
voltadas para a educação do sertão, o que recai nos objetivos específicos de mapear as
principais características do alto sertão sergipano durante o tempo delimitado; analisar a
constituição do campo educacional do referido cronótopo e interpretar o fazer-se professora a
partir das experiências vividas. Para alcançar tais objetivos, fiz uso do referencial teórico da
História Social e Cultural Inglesa, a partir de Edward Palmer Thompson (2011) e Raphael
Samuel. Ambos trabalharam com a história vista de baixo, ou seja, os esquecidos pela história
oficial. No processo de análise das fontes os conceitos de memória, de Paul Thompson e
Raphael Samuel; experiência, de Edward Palmer Thompson; e prática escolar, de Luciano
Mendes de Faria Filho e Diana Gonçalves Vidal, foram de suma importância para a
compreensão da constituição do campo da educação do alto sertão. No tocante à investigação,
essa privilegiou a pesquisa bibliográfica, documental e iconográfica, bem como a metodologia
da História Oral. A investigação revelou que a ruralização da educação expandiu o ensino
primário na zona rural dos estados brasileiros, embora essa estivesse submetida à política
partidária que interferia desde onde as escolas seriam erguidas a quem iria assumir a cadeira
de professor, e, por vezes, esta escolha não se deteve ao conhecimento do candidato à vaga. A
pesquisa revelou também as etapas pelas quais passou a educação escolar no sertão, da mesma
forma como as professoras sertanejas enfrentaram o desafio da vida e do fazer-se professora
no alto sertão sergipano. | pt_BR |
