dc.description.abstract | O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue, devido a uma disfunção na ação da insulina. Uma das complicações diante do descontrole da DM é a neuropatia diabética, destacando a neuropatia periférica, que é o principal fator para o aparecimento das lesões nos pés. Este estudo teve como objetivo verificar a eficácia das intervenções e orientações aplicadas no exame do pé diabético no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju em um período de 1 ano. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo e de natureza quantitativa, a coleta de dados foi realizada através de prontuários e formulários do SISPED (sistema de informação do pé diabético) de pacientes diabéticos acompanhados e submetidos ao exame do pé. Foi analisada uma amostra simples de 180 prontuários, a partir do programa SPSS 15.0. De acordo com as informações coletadas foi observado que os usuários eram em sua maioria do sexo feminino, aposentadas, e maiores de 60 anos, possuíam DM tipo 2, tempo de doença maior que 5 anos, e a base do tratamento eram os hipoglicemiantes orais. As principais pré-lesões encontradas durante a primeira avaliação do pé, foram: pés descamativos (93,75%), calçado inadequado (97,5%), rachaduras (71,25%), pulsos diminuídos (43,75%), micose interdigital (25%), joanetes e outras deformidades (25%), palidez à elevação (31,25%), calos (43,75%), onicomicose (18,75%), e limiar de proteção alterado (18,75%), normal (6,25%). As orientações do enfermeiro durante a primeira avaliação foram: hidratar os pés (93,75%), trocar calçado (97,5%), utilizar pedra pomes (71,25%), fazer caminhadas (43,75%), tratar micoses (43,75%), retornar com 6 meses (100%), evitar andar descalço (18,75%), encaminhar ao especialista
(43,75%) e cadastrar no grupo de educação (81,25%). Durante o retorno para a avaliação dos pés as pré-lesões que permaneceram, foram: pulsos diminuídos (31,25%), calçado inadequado (43,75%), pés descamativos (43,75%), joanetes e outras deformidades (18,75%), rachaduras (37,5%), micose interdigital (8,75%), calos (12,5%), palidez à elevação (12,5%), limiar de proteção alterado (8,75%), onicomicose (6,25%), normal (37,8%). E as orientações do enfermeiro foram: hidratar os pés (43,75%), trocar calçado (43,75%), encaminhar ao especialista (25%), utilizar pedra pomes (37,5%), tratar micose (15%). Em relação a classificação do SISPED, observou-se que 37,5% dos usuários progrediram, 43,75% permaneceram e 18,75% regrediram. Com isso, verificamos que as intervenções e orientações de enfermagem implementadas durante o exame clínico dos pés possuem uma grande importância para a prevenção, diminuição e desaparecimento das pré-lesões encontradas. Comprovando a sensibilização dos usuários quanto ao autocuidado em relação aos pés e controle da doença. | pt_BR |