Sexualidade e religião: a questão da homossexualidade
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Date
2012Author
SANTOS, Glícia de Cássia dos
SANTOS, Laertes Nascimento
SANTOS, Marceline Cristine Alves Hilário
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Sexualidade e religião sempre foram questões que estiveram presentes na história da
humanidade, cercada de grandes debates que se alargam no contexto atual, tendo em vista a
visibilidade que as relações entre as pessoas do mesmo sexo vêm ganhando na sociedade. A
proposta deste estudo nasceu na perspectiva de compreender a percepção que as religiões
Católica, Protestante, Espírita e Candomblecista têm a respeito da homossexualidade na
cidade de Propriá/SE, tendo em vista as relações entre sexualidade e religião. Tomou-se como
metodologia um estudo a nível qualitativo, para tanto se utilizou um roteiro de entrevista com
questões abertas aos quatro lideres religiosos, sendo um representante de cada religião. As
entrevistas foram gravadas e os dados analisados numa proposta dialética considerando a
construção histórica da sexualidade formulada na vida em sociedade, desde o Ocidente ao
Oriente, das mais antigas sociedades ao contexto contemporâneo. Partindo do princípio que as
relações entre as pessoas do mesmo sexo se determinam em diversas concepções: do mito ao
prazer erótico, do sagrado ao profano, da patologia a questão de gênero e identidade sexual.
Os resultados indicam que hoje a homossexualidade é uma construção histórica e social, um
comportamento definido de homossexualidade envolvendo: sexo, gênero e orientação,
referindo-se as pessoas que praticam sexo com as pessoas do mesmo sexo. Sem, contudo,
deixar de ser compreendida pelas instituições religiosas como um pecado, um preconceito e
uma discriminação que vem evidenciado do ponto de vista dos líderes religiosos que
condenam a homossexualidade, justificando-a através da Bíblia, cujo princípio Deus criou o
homem e a mulher para procriarem, condenando o pecado. Havendo um preceito de que é
possível a cura da alma, na qual há uma possibilidade de transformação indicando que o
discurso moral da igreja não desapareceu.